Por que o avião Zero ficou tão famoso na Segunda Guerra?
Porque esse avião japonês de combate foi praticamente imbatível nos primeiros anos do grande conflito mundial. Em 1940, ele começou a ser usado em operações na China, que na época havia sido invadida pelo Japão. Nessa campanha, o Zero provou ser um grande sucesso: 99 aviões inimigos foram destruídos, enquanto os nipônicos perderam apenas duas […]
Porque esse avião japonês de combate foi praticamente imbatível nos primeiros anos do grande conflito mundial. Em 1940, ele começou a ser usado em operações na China, que na época havia sido invadida pelo Japão. Nessa campanha, o Zero provou ser um grande sucesso: 99 aviões inimigos foram destruídos, enquanto os nipônicos perderam apenas duas unidades. A origem do apelido Zero é curiosa, derivou de seu longo nome oficial: “Avião de Caça Baseado em Porta-Aviões em Celebração ao Ano Zero” – na mitologia japonesa, o ano zero corresponde à ascensão ao trono do lendário primeiro imperador do Japão, Jimmu. Desenvolvido pelas Indústrias Pesadas Mitsubishi, o avião tinha diversas versões, que podiam operar baseadas em terra ou em porta-aviões. Embora tivesse deficiências, como a fragilidade do material com que era fabricado e a falta de agilidade para acrobacias, ele praticamente dominou os combates aéreos até 1943. Mas, a partir daí, o desenvolvimento de aviões mais avançados pelos Estados Unidos e a escassez de matérias-primas para sua produção eliminaram as vantagens que o Zero possuía sobre o inimigo.
Ainda nos anos 40, ele já atingia velocidades de até 530 km/h
CHUMBO GROSSO
O Zero tinha duas metralhadoras de 7,7 mm instaladas no nariz. O suprimento de munição levado em cada vôo era de 500 balas por metralhadora. Dois canhões de 20 mm colocados nas asas disparavam 60 tiros cada e, dependendo da missão, o Zero podia transportar ainda duas bombas de até 60 quilos, presas sob as asas
MOTOR ENVENENADO
O motor radial de 14 cilindros refrigerado a ar permitia alcançar velocidades de até 530 km/h e atingir potência superior a 900 cavalos, numa altitude em torno de 6 mil metros. Nos primeiros anos da Segunda Guerra, essas características fizeram com que o Zero superasse todos os aviões inimigos em vôo “reto”, sem mudança de altitude
TANQUE CHEIO
Algumas versões tinham um tanque suplementar de combustível, instalado sob a fuselagem. Isso aumentava a autonomia do Zero para mais de 3 mil quilômetros. Por outro lado, como os tanques de alguns modelos eram feitos de madeira e sem dispositivos para evitar incêndios em caso de vazamentos, o avião se desintegrava rapidamente quando atingido
PESO PENA
Para diminuir o peso e ganhar velocidade, o número de pinos e parafusos no avião era mínimo. A asa, por exemplo, era construída como uma peça inteiriça, sendo recoberta em algumas versões por telas de tecido, em vez de metal. Também foi eliminada a blindagem em torno da cabine do piloto