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Por que sentimos alergias?

O corpo "surta" quando o sistema imunológico começa a entender que uma substância inofensiva representa perigo real

Por Carolina Canossa
Atualizado em 22 fev 2024, 10h14 - Publicado em 26 abr 2017, 16h44
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(Thiago Neumann/Mundo Estranho)

PERGUNTA José Henrique, Teresina, PI

1) Acesso restrito

Imagine que o sistema imunológico é como uma fronteira entre países. Os “agentes de imigração” são os leucócitos. Para liberar ou bloquear a passagem de algum invasor, essas células checam uma lista de aprovados, que está no próprio código genético delas. Se o intruso não estiver lá, soam os alarmes: surgem células “combatentes” da invasão, como linfócitos Th2 e anticorpos.

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(Thiago Neumann/Mundo Estranho)

2) Xenofobia e paranoia

O objetivo desse rigoroso controle é impedir que vírus, bactérias e outros elementos nocivos entrem no nosso corpo. Mas, às vezes, os leucócitos são “preconceituosos” e reagem exageradamente a substâncias que não fazem mal – como pólen, amendoim ou látex, só para citar alguns dos alérgenos (causadores de alergia) mais comuns.

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(Thiago Neumann/Mundo Estranho)
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3) Comandos em ação

A reação excessiva dos leucócitos causa o maior reboliço. Um tipo específico de anticorpo, a imunoglobulina E (IgE), fica encarregado de expulsar o “imigrante ilegal”. Para isso, se une aos mastócitos – células presentes em vários tecidos conjuntivos do nosso corpo, como as mucosas, o sangue, os pulmões etc. Essa “parceria” acaba liberando uma substância chamada histamina.

 

 

Alergia-4

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4) O bem que faz mal

Quando gerada sem necessidade real, é a histamina que acaba causando todos aqueles sintomas alérgicos mais comuns, como espirros, coceiras ou inchaços. Eles são facilmente medicáveis, mas tem outro que pode ser fatal: a obstrução das vias respiratórias (choque anafilático). Para evitá-la, o alérgico em crise precisa de uma injeção urgente de anti-histamínico.

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5) Chega de sabonete!

Hoje, 30% das pessoas sofrem algum tipo de alergia. Alguns estudos acreditam que essa porcentagem aumentou conforme a humanidade foi adquirindo mais hábitos de higiene. Segundo o epidemiologista britânico David Strachan, o excesso de limpeza, especialmente na infância, impede o organismo de, aos poucos, ir se preparando contra futuros invasores. A hipótese de Strachan é polêmica, porque minimiza a importância de fatores genéticos no desenvolvimento de alergias.

 

CONSULTORIA Roberto Debski, médico e diretor da clínica Ser Integral

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FONTES Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai); sites BBC, Daily Mail, Época, G1, Tua Saúde e João e Nicole X Alergia

 

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