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Por que alguém se torna psicopata? Como sua mente funciona?

A ciência ainda não têm uma solução definitiva. Mas a análise de casos revelam alguns padrões na vida e no comportamento de alguém com o distúrbio

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h23 - Publicado em 15 ago 2016, 14h56
como nasce um psicopata

ILUSTRA André Toma

Por que algumas pessoas se tornam psicopatas?

A ciência e a psiquiatria ainda não têm uma solução definitiva. Mas a análise de casos revelam alguns padrões na vida e no comportamento de alguém que sofre desse distúrbio

Infância: Crianças que sofrem algum tipo de trauma ou são tratadas friamente tendem a ter um instinto de autopreservação elevado e têm dificuldade de desenvolver empatia pelo próximo

Autojustificativas: Nem toda criança infeliz vira assassina. O processo para formar um psicopata começa quando o indivíduo cria uma série de saídas ou justificativas para os seus atos, gerando desculpas para comportamentos mais violentos.

Isolamento da sociedade: Os futuros psicopatas não aprendem, e às vezes não conseguem identificar as convenções e os comportamentos sociais – basicamente, eles se importam somente com suas próprias necessidades.

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Egoísmo: O psicopata é incapaz de se colocar no lugar do outro – em uma situação de sofrimento, por exemplo, ele se mantém frio e apático.

Negação: Mesmo não sentindo nada quando prejudica alguém, a negação dos fatos é a principal ferramenta de convencimento usadas pelos psicopatas quando são pressionados por outras pessoas.

Manifestações não violentas: A maioria das pessoas que se tornam psicopatas não toma o caminho da violência. Elas conseguem entender as consequências de suas ações e não chegam a ferir ninguém fisicamente – elas “só” exploram os outros em benefício próprio.

tratamento_serial killer em ação

Como funcionam a mente, a lógica e o raciocínio de um psicopata violento?

Os psicopatas que tomam o caminho do crime tendem a repetir uma série de padrões, também observada por psiquiatras forenses na maioria dos casos estudados. O processo pode escalar lentamente – em meses ou até anos

Fantasias: Antes de um ato violento, o psicopata fantasia o processo de vigia, captura e ataque. Ele pensa como seria a resposta da vítima e sua própria reação.

Perseguição: O psicopata escolhe um alvo, baseado em alguma obsessão formada por traumas de infância. Passa a vigiar e aprende os hábitos de sua futura vítima e faz com que as fantasias comecem a ser consideradas como realidade.

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Interpretação de papeis: A futura vítima sob vigia começa a fazer parte integral da fantasia inicial do psicopata. Os “ensaios” vão crescendo e aumentam cada vez mais a possibilidade de um ato de violência.

Ataque: O psicopata transforma a sua fantasia em realidade e tem o prazer de protagonizar todas as ações e sensações que antes só imaginava.

Memórias: É comum que o psicopata “colecione” um ou mais objetos que pertençam à vítima, ajudando-o a reviver repetidamente o que aconteceu durante o ataque. Esses suvenires podem ser desde uma joia até um pedaço do corpo.

Diminuição do ciclo: Na maioria dos casos, o intervalo entre as fases diminui com o tempo. Durante os novos ataques, o assassino tenta aperfeiçoar o seu método para “curtir” mais.

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NÚMEROS ASSUSTADORES

– 86% dos serial killers americanos são psicopatas

Metade dos crimes hediondos dos EUA é cometida por psicopatas

2,5 vezes é o risco de psicopatas conseguirem liberdade condicional, por causa de sua capacidade de simular, comparados a presos normais

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4 vezes mais crimes violentos são cometidos pelo psicopata, comparado ao criminoso comum

70% é a taxa de reincidência de um psicopata em liberdade

1 a cada 3 psicopatas é mulher

7 vezes é o risco de um psicopata matar um estranho, comparado ao criminoso comum

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20% é a estimativa de psicopatas na população carcerária do Canadá e dos Estados Unidos

CONSULTORIA Dr. Paul Britton, consultor clínico e forense, professor da Universidade de Coventry, na Inglaterra

FONTE Livro DSM-IV – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders; American Pyschiatric Association; e programa Dangerous People with Severe Personality Disorder

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