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Quais cédulas de real são raras e valiosas?

Hora de conferir a carteira!

Por Danilo Rodrigues
Atualizado em 22 fev 2024, 10h46 - Publicado em 14 ago 2012, 18h34

Algumas notas de real valem até 400 vezes mais do que seu valor de face. É que, para os colecionadores de moedas, ou numismáticos, quanto mais escassa é a cédula, ou seja, quanto menos exemplares com as mesmas características estão em circulação, mais ela ganha valor.

É o caso de lotes em que foram impressas poucas notas, que acabam estampando a assinatura de um ministro da fazenda que ficou pouco tempo no cargo ou um número de série errado, entre outras bizarrices. Outro fator que influencia a cotação é a conservação da cédula: no estado de “flor de estampa” (novinha em folha, sem dobras e com alto relevo preservado), ela vale mais do que uma nota que já passou por várias mãos. Para a infelicidade dos numismáticos, a vida média de uma nota é curta: uma cédula de R$ 2 dura 11 meses até ser recolhida pelos bancos.

A nota de R$1 que você guarda na carteira provavelmente só têm valor sentimental. A mais rara desse valor é avaliada por “apenas” R$ 160.

REVIRANDO A CARTEIRA

Entenda por que algumas notas de real se valorizaram tanto em 18 anos

Deus seja louvado

per-127-cedulas-real-01Valor: R$ 4 mil

Essa frase, usada no dinheiro brasileiro desde 1986, foi esquecida nos primeiros lotes de real, em 1994, mas o ministro da fazenda Rubens Ricupero logo resgatou os dizeres. Como Ricupero durou apenas cinco meses no cargo, a nota de R$ 50 com assinatura dele e com “Deus seja louvado” é raríssima

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Firma reconhecida

per-127-cedulas-real-02Valor: R$ 3 mil

Além da assinatura do ministro da fazenda, toda cédula vem com a marca do presidente do Banco Central. Quando algum deles fica pouco tempo no cargo, caso de Pérsio Arida, que presidiu o BC entre janeiro e junho de 1995, a nota se valoriza. A de R$ 50 assinada por ele, que teve apenas 400 mil impressões, vale muito

Fora de série

per-127-cedulas-real-04Valor: R$ 2 mil

Até meados dos anos 90, as notas que saíam com defeito na Casa da Moeda eram descartadas e, no seu lugar, eram impressas notas de reposição com um asterisco no número de série. Em 1994, foram impressas cerca de 400 mil notas de R$ 5 e R$ 10 com o pequeno – e precioso – detalhe

Made in France

per-127-cedulas-real-05Valor: R$ 1,5 mil

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Para lançar o real em julho de 1994, a Casa da Moeda precisou encomendar impressões no exterior: 4 milhões de cada valor em um país. As de R$ 5 vieram da Alemanha, as de R$ 10 da Inglaterra e as de R$50 da França. Elas têm a letra “B” no final do número de série e uma discreta identificação do fabricante no verso

Defeito contrário

per-127-cedulas-real-06Valor: R$ 500

Em 2003, o controle de qualidade da Casa da Moeda deixou passar notas de R$ 50 com o número de série censurado, o que multiplica seu valor para coleção. Já a antiga nota de R$ 10, feita de plástico, tem peças com letras trocadas no fim do número de série. Essas são tão raras que nem têm avaliação

DUPLA FACE

Ao girar uma moeda no eixo horizontal, o lado contrário fica de cabeça para baixo. Se estiverem no mesmo nível, trata-se de uma raríssima e valorizada moeda com “reverso invertido”

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per-127-cedulas-real-03

CARA OU COROA?

Um ranking das moedas mais valiosas

per-127-cedulas-real-07R$ 1 (1998)

Valor: R$ 40

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Foram cunhadas apenas 600 mil unidades desta moeda comemorativa dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

R$ 0,25 (1995)

Valor: R$ 25

A gravação em homenagem à FAO, órgão de combate à fome da ONU, estampou 1 milhão dentre 140 milhões de moedas de R$ 0,25 cunhadas no ano

R$ 0,10 (1995)

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Valor: R$ 25

Também homenageando a FAO, foram cunhadas 1 milhão de moedas com o desenho, contra 239 milhões de moedas normais emitidas naquele ano

Esta matéria segue as cotações publicadas no Catálogo de Cédulas do Brasil (2011).

FONTES Jornal Folha de S.Paulo e livro 1000 Dias no Bunker, de Guilherme Fiúza

CONSULTORIA Laurence Matuck, colecionador da Lauri Numismática; Cláudio Amato, autor do Catálogo de Cédulas do Brasil (2011), e João Sidney Figueiredo Filho, diretor do departamento de meio circulante do Banco Central

IMAGENS Coleção de João Paulo Z. Ferreira, presidente da Brasil Moedas (brasilmoedas.com.br)

Leia também:

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