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Quais eram os métodos medievais mais usados para fazer torturas?

Os torturadores da Idade Média usavam de tudo um pouco: de aparelhos que esticavam o corpo das vítimas até deslocar as juntas a objetos perfurantes dos mais variados tipos. Boa parte dos métodos de punição já existia desde a Antiguidade, mas os carrascos medievais também desenvolveram novas formas de tormento, incorporando os avanços tecnológicos da […]

Por Roberto Navarro
Atualizado em 22 fev 2024, 11h10 - Publicado em 18 abr 2011, 18h50
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  • Os torturadores da Idade Média usavam de tudo um pouco: de aparelhos que esticavam o corpo das vítimas até deslocar as juntas a objetos perfurantes dos mais variados tipos. Boa parte dos métodos de punição já existia desde a Antiguidade, mas os carrascos medievais também desenvolveram novas formas de tormento, incorporando os avanços tecnológicos da época, como os recém-surgidos dispositivos de relojoaria. A prática da tortura era comum, pois a confissão era considerada a mais importante prova nos tribunais, assim ela precisava ser extraída a qualquer custo. Presos em sombrias masmorras, no subsolo de fortalezas, os suspeitos eram submetidos a suplícios durante semanas e o terror só acabava quando eles reconheciam a culpa, em geral relacionada a casos de roubo, traição política ou assassinato. A princípio, a Igreja se manifestou contra a tortura para extrair confissões, mas, no final da Idade Média, já usava a prática sem cerimônias para punir hereges e suspeitos de bruxaria ou enquadrar pregadores que se afastassem de sua doutrina oficial. No ano 1252, o papa Inocêncio IV publicou uma bula (carta solene do pontífice) autorizando a tortura de suspeitos de heresia. Não era considerado pecado infligir castigos físicos aos acusados, a única recomendação era para que o serviço sujo não ficasse a cargo dos padres… O auge do uso da tortura em interrogatórios aconteceria já fora do período medieval. A partir do século 15, a Inquisição – tribunais da Igreja Católica que puniam quem se desviasse de suas normas – tinha até manuais para orientar carrascos. Vale lembrar que, além do tormento físico, métodos psicológicos também eram utilizados, envolvendo drogas psicotrópicas, extraídas de plantas como mandrágora ou estramônio. Essas poções provocavam terríveis delírios, servindo para “confirmar” que o réu possuía laços com o demônio.

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    Na livraria:

    História Medieval, Jacques Heers, Bertrand Brasil, 2000

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    The History of Torture and Execution, Jean Kellaway, The Lyons Press, 2002

    Na Internet:

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    https://www.shanmonster.com/witch/torture/index.html

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    Sessão de horror
    Nas masmorras, vítimas tinham juntas deslocadas e couro cabeludo arrancado

    RODA DE FOGO

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    A roda foi um suplício muito usado a partir do século 12. O prisioneiro era amarrado na parte externa de um grande disco de madeira, colocado sobre um recipiente contendo brasas incandescentes. Ao girar lentamente a roda, o carrasco fazia com que o corpo do torturado ficasse exposto ao calor, até que o réu morresse em conseqüência das queimaduras sofridas

    TECNOLOGIA CRUEL

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    O desenvolvimento da relojoaria na Idade Média inspirou novos instrumentos a serviço da dor. A “pêra” era um aparelho com pequenos mecanismos e molas em seu interior. Ela era introduzida no reto ou na vagina da vítima e, com o uso de parafusos, os mecanismos de relojoaria eram acionados para expandir o volume do objeto, causando graves dilacerações

    PESADELO FEMININO

    Algumas formas de tortura eram aplicadas exclusivamente às mulheres. A mastectomia (remoção dos seios) era uma delas. A vítima tinha as mamas dilaceradas e em seguida arrancadas, com o emprego de pinças e outros instrumentos de ferro aquecidos. Em certas ocasiões, a mulher era obrigada a engolir os próprios seios e acabava morrendo sufocada

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    BATENDO AS BOTAS

    Forma de tortura popular na Escócia medieval, as botas eram um tipo de “calçado” com o interior forrado por pontas metálicas. O condenado era obrigado a colocá-las nas pernas, enquanto o carrasco as ajustava com um pesado martelo, fazendo com que as pontas penetrassem na carne. Os poucos réus que sobreviviam a tal pesadelo ficavam aleijados ou mutilados

    URNA PAULEIRA

    Se você gosta de rock, certamente conhece o grupo Iron Maiden, “Donzela de Ferro” em inglês. Mas talvez não saiba que a banda foi batizada com o nome de um instrumento de tortura. Tratava-se de uma urna, em formato de mulher, com o interior cheio de estacas de metal. O prisioneiro era obrigado a entrar na urna e as portas eram fechadas, pressionando as estacas contra seu corpo, o que provocava dolorosos ferimentos

    ALONGAMENTO RADICAL

    O estrado era uma prancha de madeira com mecanismos para esticar o corpo da vítima. Depois de ter os pulsos e tornozelos amarrados por cordas nas extremidades da prancha, os mecanismos eram acionados lentamente e puxavam o corpo em direções opostas. A vítima tinha as juntas deslocadas e os tendões rompidos e no final podia ser desmembrada

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    ESCALPO EUROPEU

    Outra forma de tortura usada só contra mulheres era a laçada. Ela surgiu na Idade Média, mas foi empregada na Rússia até o início do século 20. Durante as sessões de interrogatório, carrascos enredavam o cabelo de mulheres acusadas de algum crime em pedaços de metal, que eram torcidos até que o couro cabeludo fosse arrancado

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