Qual a diferença entre orquestra sinfônica, filarmônica e de câmara?
Entre sinfônicas e filarmônicas praticamente não há diferenças: ambas se apresentam em grandes auditórios, comportam mais de uma centena de músicos e geralmente executam um repertório de música erudita. Mas, no passado, a história era outra. “Há alguns anos, dizia-se que uma orquestra sinfônica era integrada por músicos profissionais remunerados, enquanto uma filarmônica era composta […]
Entre sinfônicas e filarmônicas praticamente não há diferenças: ambas se apresentam em grandes auditórios, comportam mais de uma centena de músicos e geralmente executam um repertório de música erudita. Mas, no passado, a história era outra. “Há alguns anos, dizia-se que uma orquestra sinfônica era integrada por músicos profissionais remunerados, enquanto uma filarmônica era composta só por músicos amadores, que se reuniam pelo prazer da música”, diz o maestro Eduardo Ostergren, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Unicamp. Agora, se compararmos esses dois tipos com uma orquestra de câmara, aí aparecem algumas distinções. A principal é o tamanho: uma orquestra de câmara é um conjunto bem menor e costuma ter, na maioria dos casos, entre oito e 18 músicos. Abaixo disso, o conjunto já passa a ser chamado de septeto, sexteto, quinteto e assim por diante. Todas essas formações executam a chamada “música de câmara” – no caso, a palavra “câmara” é sinônimo de “sala, quarto ou aposento pequeno”. Ou seja, é um tipo de música erudita para pequenos espaços, executada por poucos músicos. Outra diferença importante é que, ao contrário das sinfônicas e das filarmônicas, as orquestras de câmara não costumam ter todos os tipos de instrumento, como os de corda, de sopro e de percussão. Na verdade, o mais comum é que elas tenham apenas um tipo deles – se for uma apresentação de corda, por exemplo, devem aparecer só violinos, violas, contrabaixos e violoncelos. Por fim, vale lembrar que embora as sinfônicas, filarmônicas e de câmara se dediquem principalmente à música erudita, existem várias experiências das grandes orquestras na música pop. Um dos exemplos mais famosos é a parceria dos Beatles com uma orquestra sinfônica na gravação do eletrizante hit “A Day in the Life”, do álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, de 1967.
Formações de câmara são menores e têm menos instrumentos que as outras duas orquestras
DE CÂMARA
Uma orquestra de câmara varia seu número de integrantes e instrumentos conforme o tipo de apresentação. Por exemplo, na imagem que a gente vê acima, da Orquestra de Câmara do Estado de São Paulo, o conjunto executa um repertório criado para instrumentos de corda com 21 músicos, 15 deles tocando violinos e seis com violoncelos.
Hoje em dia, esses dois tipos de orquestra têm uma composição semelhante. A Sinfônica do Estado de São Paulo (foto abaixo) tem 105 integrantes mas, como a maioria dos repertórios não exige todos eles, a orquestra costuma se apresentar com 80 a 90 músicos, divididos em quatro blocos principais de instrumentos:
CORDAS (61 instrumentos)
28 violinos, 13 violoncelos, 11 violas, 8 contrabaixos e 1 harpa
SOPRO Madeiras (18 instrumentos)
4 flautas, 4 oboés, 5 clarinetes e 5 fagotes
SOPRO Metais (18 instrumentos)
7 trompas, 5 trompetes, 5 trombones e 1 tuba
PERCUSSÃO (8 instrumentos)
3 tímpanos, 1 triângulo, 1 bombo, 1 reco-reco, 1 prato e 1 teclado