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Qual é a pior estrada do mundo?

É o Camino a los Yungas, rodovia boli-viana mais conhecida como a Estrada da Morte. Construída na década de 1930 por prisioneiros paraguaios, a estrada tem cerca de 64 quilômetros e foi aberta na lateral de uma série de montanhas, ligando a cidade de La Cumbre, a quase 5 quilômetros de altitude, à região campestre […]

Por Victor Bianchin e Tiago Jokura
Atualizado em 22 fev 2024, 11h34 - Publicado em 4 nov 2009, 18h47
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    É o Camino a los Yungas, rodovia boli-viana mais conhecida como a Estrada da Morte. Construída na década de 1930 por prisioneiros paraguaios, a estrada tem cerca de 64 quilômetros e foi aberta na lateral de uma série de montanhas, ligando a cidade de La Cumbre, a quase 5 quilômetros de altitude, à região campestre dos Yungas. Esse descidão sem fim levou o título de pior estrada do mundo, em 1995, conferido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em 2007, o governo da Bolívia inaugurou uma rota alternativa, pela estrada Cotapata-Santa Bárbara, mas muitos motoristas ainda utilizam a má e velha Estrada da Morte por considerá-la mais rápida.

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    Nem pra baixo o santo ajuda

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    A baixa visibilidade nas alturas esconde uma pista estreita e sinuosa à beira de precipícios

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    ABRINDO PASSAGEM

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    Os carros circulam em mão invertida, alinhando-se à esquerda – isso ajuda quem está subindo a visualizar melhor a beirada da pista. Nos trechos em que não passam dois carros lado a lado, quem sobe tem preferência – ainda que quem esteja descendo precise dar ré

    TOP TOP

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    A estrada liga La Cumbre, a 4 670 m acima do nível do mar, a Yolosa, a 1 100 mde altitude. O trajeto é quase todo inclinado, com curtos trechos planos. Por ser construída à beira das montanhas, o perigo vem de cima, com deslizamentos da encosta, e de baixo, com os desfiladeiros

    QUEDA LIVRE

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    Só os primeiros 20 km são asfaltados, até o povoado de Unduavi, a 3 200 m de altitude. A partir daí, é só terrão e cascalho numa pista sinuosa e estreita, com largura entre 4 e 7 m. Para completar, não há acostamento ou mureta de proteção contra quedas que podem superar 600 m

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    NÃO TEM RESPIRO

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    No topo, o ar é tão rarefeito que dificulta a respiração dos motoristas e o trabalho dos motores. Com a falta de oxigênio, os possantes engasgam devido à dificuldade para fazer a queima do combustível. Forçando o motor, outros problemas mecânicos surgem a reboque

    CLIMA TENSO

    O clima também não ajuda: a neblina diminui a visibilidade e as chuvas deixam a pista escorregadia. Em alguns pontos, pequenas cascatas caem da montanha sobre a pista. Com toda essa água escorrendo, rola o risco de pedras deslizando e de a pista ceder nas beiradas

    A MORTE PEDE CARONA

    A Estrada da Morte foi palco do pior acidente viário da Bolívia. Em 1983, um ônibus abarrotado com mais de cem pessoas despencou da pista, matando todos seus passageiros. A quantidade de acidentes lota a beira da estrada de cruzes em homenagem às vítimas

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    CATRACA SOLTA

    Com a nova estrada de Cotapata-Santa Bárbara, o movimento caiu. Isso abriu passagem para agências de turismo organizarem descidas guiadas para ciclistas. Os pedaleiros pagam cerca de 160 reais, mas precisam driblar os veículos que ainda insistem em subir por aqui

    – Mortalidade entre 200 e 300 pessoas por ano

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    – Mortalidade de ciclistas 1,2 por ano

    Consultoria – Paulina Bascón, assistente de operações da Gravity Assisted Mountain Biking, E Rodrigo Fiuza, ciclista profissional

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