Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Qual é o máximo de habitantes que a Terra suporta?

Muita gente já tentou fazer essa conta, mas ainda não há resposta definitiva. Desde que o pioneiro Anton von Leeuwenhoek previu, em 1679, que nosso planeta poderia acolher 13,4 bilhões de pessoas, as estimativas variaram entre 1 bilhão e 1 trilhão de pessoas! “Entretanto, dois terços das previsões situam-se entre 4 e 16 bilhões de […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h02 - Publicado em 18 abr 2011, 18h54

Muita gente já tentou fazer essa conta, mas ainda não há resposta definitiva. Desde que o pioneiro Anton von Leeuwenhoek previu, em 1679, que nosso planeta poderia acolher 13,4 bilhões de pessoas, as estimativas variaram entre 1 bilhão e 1 trilhão de pessoas! “Entretanto, dois terços das previsões situam-se entre 4 e 16 bilhões de habitantes. Parece um intervalo confiável para se estabelecer um limite, considerando que o globo comporta diferentes padrões de ocupação”, afirma o geógrafo Álvaro Luiz Heidrich, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O fato é que a população da Terra cresceu mais de 40 vezes desde o início da era cristã. No ano 1, estima-se que havia cerca de 150 milhões de pessoas no planeta. Esse número dobrou em 1350, quadruplicou em 1700 e chegou ao primeiro bilhão em 1804.

O grande salto aconteceu no século 20, quando a urbanização e os avanços na medicina fizeram a população saltar de 1,6 bilhão para 6,2 bilhões de pessoas. “E isso levando em conta as grandes epidemias e as guerras, que são os mais importantes fatores capazes de estancar o aumento da população”, diz Álvaro. No século 20, o crescimento só diminuiu nas quatro últimas décadas, com a queda na taxa de nascimentos – desde 1965, a média de filhos por mulher caiu de 4,9 para 2,7. Mesmo assim, a cada ano o mundo recebe 77 milhões de pessoas a mais, 97% delas em países subdesenvolvidos. O total de habitantes que ainda cabem no planeta depende de uma combinação de fatores limitantes: a quantidade de alimento que o homem pode produzir, o padrão de vida que a humanidade pode alcançar e uma preservação do meio-ambiente que possa garantir a vida na Terra. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mais provável é que em 2050 tenhamos 9,3 bilhões de pessoas no planeta.

Gente demais, gente de menos
Planeta tem regiões com formigueiros humanos e áreas quase desabitadas

ENTRADA VIGIADA

A cada ano, 1 milhão de imigrantes aporta nos Estados Unidos. Na teoria, o país suporta até mais, porque é desenvolvido e possui apenas 29 habitantes por km2. Mas a ameaça de terrorismo e a constante tensão entre imigrantes e nativos fazem das fronteiras americanas as mais vigiadas do planeta

Continua após a publicidade

DILEMA BRASILEIRO

Com 17 habitantes por km2, o Brasil é candidato a receber mais gente, especialmente no Norte. Mas há dois obstáculos: a desigualdade social e o risco ambiental. O país tem 27% das possíveis terras agricultáveis do mundo, mas se elas forem ocupadas, será o fim da Amazônia

OCUPAÇÃO INVIÁVEL

Áreas polares, desertos e montanhas íngremes ocupam um terço da Terra, mas são quase inabitáveis. Nas áreas geladas, os gastos com energia impedem a ocupação. A Antártida, com 8,9% das terras emersas do planeta, só tem 4 mil habitantes

ENCOLHIMENTO EUROPEU

Com baixas taxas de natalidade, a população européia envelhece e até 2050 deve perder 124 milhões de pessoas. O continente é um dos mais povoados do mundo (Bélgica e Holanda têm mais de 300 habitantes por km2), mas ainda pode receber imigrantes na parte ocidental, mais desenvolvida

Continua após a publicidade

MONTANHA HUMANA

O Sudeste Asiático e a Ásia oriental compõem o chamado “formigueiro humano”. Somadas, as populações de China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Paquistão ocupam apenas 11% das terras emersas do planeta, mas respondem por mais de 40% da humanidade. Quase a metade dos novos habitantes do mundo nasce nessa região

SUPERPOPULAÇÃO à VISTA

O norte da África concentra a maior parte das 125 milhões de pessoas do mundo todo que a cada ano migram para outros países. Na chamada África Negra, abaixo do deserto do Saara, o problema é a alta natalidade. Mesmo com a epidemia de AIDS, que ceifou 15 anos da expectativa de vida nas últimas duas décadas, o continente deve ganhar mais 1,2 bilhão de pessoas até 2050

PORTAS FECHADAS

Sabendo que a Austrália tem só 2,4 pessoas para cada km2, dá para imaginar que lá seria um bom lugar para encaixar mais gente. Não é bem assim: nove em cada dez habitantes vivem nas cidades da costa leste porque 66% do território do país é desértico. A Austrália tem 5 milhões de estrangeiros (25% da população), mas limitou o número de imigrantes por causa da crise econômica

Continua após a publicidade
Limite não é só espaço
Fome e devastação ambiental também barram o crescimento da população

COMIDA MAL DISTRIBUÍDA

Em 1798, o economista inglês Thomas Malthus previu que o crescimento populacional seria limitado pela baixa produção de alimentos. Por enquanto, errou: pelos cálculos da ONU, já há comida para 12 bilhões de pessoas. Mesmo assim, 830 milhões passam fome (95% em países subdesenvolvidos), vítimas da desigualdade, da fraca produção em algumas áreas e da má distribuição de alimentos

APAGÃO MUNDIAL

A quantidade de riquezas produzidas no planeta aumentou oito vezes nos últimos 50 anos. Mas, como o bolo fica concentrado nos países com alto poder de consumo, o resto do mundo sai perdendo. Se a humanidade gastasse energia como os americanos, por exemplo, a Terra não suportaria mais do que 1,2 bilhão de pessoas. Se o padrão energético fosse o chinês, o planeta poderia acolher quase 10 vezes mais habitantes

POLUIÇÃO MORTAL

Ninguém duvida que a degradação ambiental pode impedir o crescimento da população e a própria vida na Terra. Alguns exemplos: desde o século 18, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou em 30%. A cada ano, 200 mil km2 de terrenos agricultáveis tornam-se imprestáveis e 120 mil km2 de florestas desaparecem. Os efeitos dessas agressões no futuro do planeta são imprevisíveis

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.