Os primeiros de que se tem notícia foram construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka), no sul da Ásia. Dois séculos depois, o imperador Asoka criou, na Índia, instituições especiais para tratar doenças semelhantes aos hospitais de hoje. Já na Europa, sua introdução coube aos romanos, que, por volta de 100 a.C., ergueram locais, chamados valetudinaria, para cuidar dos soldados feridos em batalha. Mas foi só a partir do século IV, com o crescimento do cristianismo, que os hospitais se expandiram. Comandados por sacerdotes e religiosos, os monastérios passaram a servir de refúgio para viajantes e doentes pobres. Esses lugares possuíam um infirmitorium, onde os pacientes eram tratados, uma farmácia e um jardim com plantas medicinais. Foram eles que se tornaram modelo para os hospitais modernos. Na Idade Média, as ordens religiosas continuaram a liderar a criação de hospitais – calcula-se que só os beneditinos abriram mais de 2000.
No Brasil, o primeiro foi o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda, inaugurado em 1540 junto com a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Ele funcionou até 1630, quando o conjunto foi saqueado por holandeses e depois incendiado.
Já o mais antigo em atividade é a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, erguida no ano de 1543. No começo, o improviso era total. “Como no século 16 não havia médicos dispostos a vir para o Brasil, os jesuítas se encarregavam de todo o atendimento, trabalhando como médicos, farmacêuticos e enfermeiros”, afirma o neurocirurgião Henrique Seiji Ivamoto. Hoje, o hospital funciona em outro local.