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Quase imortais: 21 seres vivos muito, muito, muito velhos

Tudo o que nasce deve morrer - ou deveria!

Por Marcelo Testoni
Atualizado em 22 fev 2024, 10h31 - Publicado em 17 dez 2015, 12h49
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  • Seja pela boa genética, pela capacidade de adaptação ou por pura sorte, estes seres ou espécies bateram recorde de hora extra

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    Triops_longicaudatus_eating_his_companion_-_Cannibalism

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    (Imagem: Max Kueng)

    Linhagem pré-histórica

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    ESPÉCIE – Camarão-girino (Triops cancriformis)

    200 milhões de anos

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    Duas colônias desse crustáceo encontradas no Reino Unido existem desde quando os continentes ainda formavam o superbloco Pangeia. Para os cientistas da Universidade de Glasgow, na Escócia, os bichos atuais são idênticos a seus ancestrais, cujos ovos resistiram até à extinção dos dinossauros

    Pando02

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    (Imagem: J Zapell)

    Bosque de um só

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    SER VIVO – Pando (Populus tremuloides)

    80 mil anos

    Dois recordes: esse conjunto de árvores da espécie álamo-trêmulo nos EUA é a forma de vida mais velha do mundo e a mais pesada, com 5 milhões de toneladas. São consideradas um único indivíduo porque, conectadas pelas raízes, têm “clonado” a si mesmas desde o período Pleistoceno. Outro segredo de sua longevidade: as raízes profundas tornam o chão mais resistente a deslizamentos e erosão

    Old Tjikko 2

    (Imagem: Karl Brodowsky)

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    Ciclo infinito

    SER VIVO – Velho tjikko (Picea abies)

    9,5 mil anos

    Capaz de gerar novos indivíduos assexuadamente de forma contínua, essa colônia de pinheiros suecos é tão fenomenal que virou tema de pesquisa da Universidade de Umeå. As árvores podem morrer e nascer de novo várias vezes – mas suas raízes permanecem intactas, inclusive consumindo os próprios restos!

    Llareta Cushion-plant-atop-Mount-Ossa

    (Imagem: Bjorn Christian Torrissen)

    Devagar e sempre

    ESPÉCIE – Yareta (Azorella compacta)

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    3 mil anos

    A planta nativa da América do Sul cresce 1,5 cm por ano. Parece pouco? Tudo bem: ela mantém esse ritmo há pelo menos 3 mil anos e hoje já se estende como um espesso tapete no Deserto do Atacama, no Chile, e nas montanhas do Peru. Resiste a altas insolações e mudanças de temperatura

    Welwitschia_mirabilis(2)

    (Imagem: Thomas Schoch)

    Dupla identidade

    ESPÉCIE – Welwitschia (Welwitschia mirabillis)

    2 mil anos

    O nome vem do naturalista austríaco que descobriu essa estranha planta rasteira, Frederich Welwitsch, nas dunas de Angola. Ela cresce a vida toda e possui características de duas espécies distintas: apesar de agir como um cacto, é parente próxima do pinheiro. Curiosidade: a idade de um molusco bivalve é calculada como a de uma árvore: contando os anéis de crescimento em seu interior

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    Arctica islandica

    (Imagem: G.-U. Tolkiehn)

    Economizando O2

    ESPÉCIE – Ming (Arctica islandica)

    507 anos

    Encontrado na Islândia em outubro de 2006, esse molusco foi batizado com o nome da dinastia chinesa no poder na época de seu nascimento. Ele morreu sem querer durante uma análise, mas cientistas conseguiram concluir que seu baixo consumo de oxigênio retardou o envelhecimento

    Mexilhões de Pérola de água doce Three_Mussels_Margaritifera_margaritifera_in_hand

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    (Imagem: MrKimm)

    Genética de causar inveja

    ESPÉCIE – Mexilhão-pérola-de-água-doce (Margaritifera margaritifera)

    Entre 210 e 205 anos

    No início dos anos 90, o biólogo russo Valeriy Ziuganov ganhou notoriedade mundial ao descobrir que esse tipo de molusco não envelhecia no mesmo ritmo que outros, de espécies similares. O motivo era bem curioso: ele produz quantidades excessivas de células-tronco, que são regenerativas

    Ouriço-do-mar vermelho Strongylocentrotus_franciscanus

    (Imagem: Taollan82, Kirt L. Onthank)

    Bola de espetos

    ESPÉCIE – Ouriço-do-mar-vermelho (Franciscanus strongylocentrotus)

    200 anos

    De acordo com uma pesquisa do Departamento de Zoologia da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA, os maiores e mais antigos indivíduos registrados dessa espécie são da Colúmbia Britânica, no Canadá. A longevidade é garantida pelo corpo totalmente revestido de espinhos afiados de até 8 cm

    Lonesome_George_-Pinta_giant_tortoise_-Santa_Cruz

    (Imagem: Guinness Book)

    Testemunha da história

    SER VIVO – Jonathan (Dipsochelys hololissa)

    183 anos (no mínimo)

    Jonathan é uma tartaruga-das-seychelles que detém o título de animal terrestre vivo mais antigo. Pelos relatos históricos, o réptil era jovem quando chegou à ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, em 1832. Para ter uma ideia, ele quase”conheceu” Napoleão, que morreu em 1821

    Sturgeon

    (Imagem: Cacophony)

    Final feliz

    SER VIVO – Esturjão-atlântico (Acipenser oxyrinchus oxyrinchus)

    125 anos

    Em abril de 2012, o Departamento de Recursos Naturais de Wisconsin, nos EUA, capturou um esturjão cuja idade foi calculada em 125 anos. Também foi um dos maiores já vistos na região, com 2 m de comprimento e 108 kg. Ele foi devolvido ao rio para continuar a sua longa jornada

    GWR Oldest living person S Jones and Kim Partrick 5

    (Imagem: Guinness Book)

    Respeite os mais velhos!

    SER VIVO – Susannah Mushatt Jones (Homo sapiens)

    116 anos

    Desde junho, essa senhorinha norte-americana é a pessoa mais velha do mundo, de acordo com o Grupo de Investigação Gerontológica (GRG), que identifica e registra no Guinness os casos de supercentenários. Nascida numa família pobre de lavradores, ela lutou para ir à faculdade e fundou uma instituição para garantir financiamento estudantil para jovens sem recursos

    Henry - crocodilo 8373771w icaro

    (Imagem: Ícaro Yuji / Ilustração sobre foto)

    Prisioneiro perpétuo

    SER VIVO – Henry (Crocodylus niloticus)

    115 anos

    Esse crocodilo-do-nilo sabe como aproveitar a (longa) vida: já teve seis companheiras e mais de 7 mil filhotes! Segundo tratadores da reserva Crocworld, na África do Sul, ele causava pânico em Botsuana e acabou capturado no fim do século 19 por um caçador que o sentenciou ao cativeiro como castigo

    Oldest living person - male 2

    (Imagem: Guinness Book)

    Conservadão

    SER VIVO – Yasutaro Koide (Homo sapiens)

    112 anos

    Qual o segredo para viver mais de um século? Segundo esse ex-alfaiate japonês, que recebeu o título de homem mais velho do mundo em julho, “A melhor dica é não exagerar”, na comida, no trabalho, nas preocupações… Deu certo para ele: até os 110 anos, Yasutaro conseguia ler jornal sem nem precisar de óculos!

    Rhizocarpon_geographicum_no

    (Imagem: Arnstein Ronning)

    Preservado no gelo

    ESPÉCIE – Líquen (Rhizocarpon geographicum)

    100 anos

    Essa espécie de organismo (constituído a partir de uma alga verde e um fungo) vive (e se espalha) em qualquer habitat frio. Sua maior concentração está nas zonas montanhosas livres de poluição do Canadá e nas áreas costeiras da Sibéria e da península antártica. Cresce apenas 0,2 mm por ano, em média, e pode ultrapassar 1 século de vida

    Peixe-boi Snooty_at_63

    (Imagem: Dhphoto)

    Presa fácil

    SER VIVO – Snooty (Trichechus manatus)

    66 anos

    Segundo dados da Save the Manatee Club, poucos peixes-boi vivendo na natureza passam dos 30 anos (na verdade, a maioria morre antes dos 10, por causa da predação humana). Em cativeiro, Snooty mais que dobrou esse recorde. Ele nasceu em Miami em 1948

    Albatroz Laysan_albatross_fws

    (Imagem: John Klavitter/U. S. Fish and Wildlife Service)

    Programa de milhagem

    SER VIVO – Wisdom (Phoebastria immutabilis)

    64 anos

    Peregrina experiente e mãe de mais de 30 albatrozes, essa albatroz-de-laysan é considerada a mais antiga ave selvagem do mundo. Desde que cientistas colocaram uma anilha em sua pata, em 1956, estima-se que ela já tenha voado quase 5 milhões de km (mais que seis viagens de ida e volta da Terra à Lua!)

    Arara Presley - foto-ICMBio icaro

    (Imagem: Ícaro Yuji / Ilustração sobre foto)

    Vítima do tráfico

    SER VIVO – Presley (Cyanopsitta spixii)

    40 anos

    Vendido ilegalmente em uma pet shop nos EUA, Presley, o macho de ararinha-azul mais velho do mundo, morreu em julho de 2014. Devolvido ao Brasil em 2002, tornou-se um ícone da conservação da espécie e da luta contra o tráfico de animais, que todo ano captura cerca de 40 milhões de exemplares

    Cachorro - Max - foto por Barry Bland_Barcroft Media 02 icaro

    (Imagem: Ícaro Yuji / Ilustração sobre foto)

    Amigo para sempre

    SER VIVO – Max (Canis lupus familiaris)

    29 anos

    Mistura de beagle, dachshund e terrier que viveu entre 1983 e 2013, Max detém o recorde mundial de cão mais velho da história. Com mais três meses, ele teria chegado aos 30! Hoje, o Guinness considera que nenhum cão vivo está qualificado para o título. O mais recente detentor do recorde, o terrier norte-americano Jake, morreu em 27 de julho, com 21 anos

    Caranguejeira

    (Imagem: George Chernilevsky)

    Viúva além da conta

    ESPÉCIE – Tarântula (Theraphosidae)

    28 anos

    Acredita-se que a aranha mais velha já encontrada seja uma caranguejeira capturada no México em 1935. Ao contrário dos machos, que normalmente morrem após o acasalamento, alcançando de 5 a 7 anos de vida, as fêmeas conseguem regenerar membros danificados

    Oldest living cat (3)

    (Imagem: Guinness Book)

    Voltou ao trono

    SER VIVO – Corduroy (Felis silvestris catus)

    25 anos

    Esse gato da cidade de Sisters, nos EUA, era considerado o mais velho da espécie até 2014, quando foi provado que uma outra gata, Tiffany Two, era ainda mais antiga. Mas a “rival” morreu em maio de 2015, com 27 anos. Corduroy não deve abrir mão do posto tão cedo: segundo suas donas, ele ainda está ótimo, sadio e muito ativo

    Coelho oldest-rabbit-1-bg

    (Imagem: Guinness Book)

    O que que há, velhinho?

    SER VIVO – Do (Oryctolagus cuniculus)

    17 anos

    Híbrido das raças angorá francês e anão holandês, esse coelho-europeu de Nova Jersey, nos EUA, passou, com folga, a expectativa de vida média dos coelhos, que é entre 6 e 8 anos. Com uma dieta à base de feno e serragem de cedro, ele viveu o equivalente a 170 anos humanos

     

     

    FONTES Sites G1, R7, O Estado de S. Paulo, Ibama, BBC, Guinness Book, Aquário de Miami; e revistas SUPERINTERESSANTE e NATIONAL GEOGRAPHIC

    CONSULTORIA Patrícia Serafini, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação das Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), e Milena Testoni, bióloga do Aquário de São Paulo

     

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