Em sua maioria, são autômatos pequenos e discretos, voltados para a vigilância e a inteligência. Sim, é verdade que, em junho de 2013, dois políticos japoneses debateram seriamente na TV a intenção de construir um Gundam (um robô gigante de uma famosa série televisiva). Mas um futuro de máquinas combatentes ainda é considerado improvável e longínquo. Elas ainda não são confiáveis, por exemplo, na hora de disparar armas. O próprio setor militar, bastante conservador, não é fã da ideia. Além disso, há o dilema ético: devemos permitir que máquinas matem seres humanos?
NÃO MATARÁS
Nos fronts, eles só auxiliam soldados com câmeras, asas e garras
Alpha-dog
Missão: transporte.
Segundo robô “mula” da empresa Boston Dynamics, o Alpha-Dog está em fases finais de teste. Movido por motores a gasolina e guiado por mais de 20 sensores, pode seguir um esquadrão com total autonomia por qualquer tipo de terreno por cerca de 32 km. Sem vacilar, exigir comandos ou precisar de ajuda para levantar-se ao cair. E com 180 kg de equipamento no lombo!
Throwbot XT
Missão: reconhecimento e inteligência.
Com apenas 20 cm de comprimento e 0,5 kg, este autômato duro na queda tem sido usado para resolver situações com reféns em bunkers e cativeiros. Ele pode ser arremessado para dentro de um prédio, como uma granada. Vai cair no chão são e salvo, mover-se silenciosamente e transmitir imagens de volta ao seu controlador. Enxerga até no escuro!
T-hawk
Missão: reconhecimento e vigilância.
Pesando só 8 kg, este é o único veículo aéreo não tripulado (UAV, sigla em inglês) do tipo helicóptero aplicado nos campos de batalha. Atua como os “olhos no céu” de uma infantaria, podendo enviar imagens em tempo real ao seu controlador a até 10 km de distância. Este, por sua vez, as utiliza para dar dicas, por rádio, ao seu pelotão.
Cheetah
Missão: perseguição.
Imitando a estrutura de uma chita, este monstrinho da Boston Dynamics bateu o recorde de velocidade robótica este ano ao alcançar 45 km/h (vence o Usain Bolt por pouco). Por enquanto, ele só corre em uma esteira e não consegue fazer curvas. Mas, em 2013, o protótipo vai a campo para testar sua habilidade de seguir suas “vítimas” em terrenos acidentados.
Phantom eye
Missão: vigilância.
É a nova promessa de uma categoria de UAV que ainda não decolou: aeronaves mais leves que o ar. Isso porque o Phantom Eye é preenchido com gás hidrogênio, o que o torna um híbrido de dirigível e avião. Ele pode ficar no ar por dez dias seguidos – ou seja, dois ou três modelos em revezamento poderiam manter uma área sob vigilância permanente, 365 dias por ano.
Sand flea
Missão: reconhecimento e vigilância.
Controlada remotamente, esta “pulga de areia” salta até 7,6 m de altura. Perfeita para pular cercas e muros numa base inimiga (ou até entrar pela janela). Um pistão a gás carbônico comprimido permite até 30 pulos por carga e um giroscópio garante que ela sempre caia em pé. Já existem nove unidades sendo empregadas no Afeganistão.
Seafox C
Missão: localização e detonação de minas subaquáticas.
Graças a um sonar e uma câmera, este robô encontra sozinho explosivos submarinos. Quando a ameaça é detectada, um marinheiro toma os controles e dispara uma carga de alto calibre, que detona a mina de uma distância segura. É muito utilizado no golfo Pérsico, de onde sai 40% do carregamento marinho de petróleo do mundo.
Talon
Missão: desarmamento de bombas, reconhecimento e vigilância.
Nos campos de batalha desde 2000, é uma plataforma com esteiras que pode ser equipada para diferentes tipos de trabalho. Popular entre os militares por ser resistente e fácil de controlar, ele geralmente carrega só garras e câmeras. Até pode ser equipado com metralhadoras e rifles – mas oficialmente nunca disparou contra um humano.
FONTES: Sites Wired, Daily Mail, The Guardian, BBC, Info Wars, Recon Robotics, spectrum.ieee.org e qinetiq-na.com