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Idi Amin Dada, o terror de Uganda

Um dos ditadores mais brutais e insanos da África só foi deposto após matar cerca de 300 mil pessoas em Uganda

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 25 fev 2019, 15h08 - Publicado em 26 ago 2016, 17h22
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(Eduardo Belga/Mundo Estranho)

1. Filho de uma mulher que se considerava feiticeira, Idi Amin nasceu em Uganda entre 1924 e 1925 – a data exata e a cidade são desconhecidas. Quando jovem, ele se alistou no Exército britânico, que na época dominava esse país na região central da África.

2. No Exército, foi um esportista de sucesso e ganhou nove títulos como boxeador. Também lutou contra rebeldes na Somália e no Quênia e, em 1954, foi promovido a effendi, maior patente militar que um negro poderia alcançar na época.

3. Em 1962, Uganda se tornou um país independente e, quatro anos depois, Idi Amin foi nomeado líder do Exército e da Marinha pelo presidente Milton Obote. Em 1971, ele deu um golpe de Estado em Obote e se declarou presidente vitalício.

4. Seu governo foi brutal. Idi Amin formou um grupo de conselheiros que agia como uma milícia, eliminando oponentes reais e imaginários do ditador. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas tenham sido assassinadas por ordens dele.

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5. As atrocidades também rolaram na vida familiar. Kay Amin, uma das várias esposas do ditador, foi encontrada morta, com o corpo todo mutilado, após tentar fazer um aborto. Idi Amin teria descoberto que Kay o traíra com um amante.

6. Certa vez ele teria escrito uma carta à rainha britânica Elizabeth II dizendo que, se ela quisesse conhecer um homem de verdade, era só visitá-lo em Uganda… Após romper relações diplomáticas com os britânicos, ele se autoproclamou “rei da Escócia”. (Em 2007, a cinebiografia O Último Rei da Escócia, sobre Idi Amin, rendeu o Oscar de melhor ator a Forest Whitaker).

7. Ele aterrorizou tanto a população que surgiram rumores – nunca confirmados – de que Idi Amin guardava partes do corpo de suas vítimas para praticar o canibalismo. O certo é que ele mergulhou Uganda no caos durante seus oito anos no poder.

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Que fim levou?

Em 1979, tropas da Tanzânia – invadida pelo ditador – e ugandenses rebelados forçaram o exílio de Amin. Ele morreu, por falência múltipla dos órgãos, na Arábia Saudita, em 2003.

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