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A lenda do Santo Graal é real?

Segundo o mito medieval, esse cálice sagrado usado por Jesus Cristo na Santa Ceia teria poderes místicos incalculáveis

Por Thais Sant'Ana
Atualizado em 22 fev 2024, 10h22 - Publicado em 5 set 2016, 13h27
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  • ILUSTRA Estevan Silveira

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    1) VASILHA MÁGICA

    No século 1 a.C., os celtas acreditavam no poder de um recipiente que podia transformar o gosto do alimento e que dava força a quem comia dele. Na mesma cultura, também existia um caldeirão que devolvia à vida os guerreiros mortos que fossem mergulhados nele. Todas essas crenças pagãs teriam se fundido e inspirado a lenda “cristianizada” do Santo Graal, o cálice usado por Jesus na Última Ceia.

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    2) ZELADOR DO CÁLICE

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    A teoria mais famosa envolveria José de Arimateia – um homem rico e seguidor secreto de Jesus. Ele teria guardado o cálice e utilizado-o como recipiente para recolher o sangue de um ferimento de Cristo durante a crucificação. Logo depois, foi preso por ser discípulo de Cristo. Ele também estaria ligado a outra relíquia sagrada, o Santo Sudário – o lençol de linho que envolveu Jesus depois de morto.

     

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    3) OS PROTETORES

    Quando posto em liberdade, Arimateia teria fugido para a Inglaterra, levando o Graal. Em 63 d.C., teria supostamente fundado a primeira congregação cristã da Grã-Bretanha, na atual cidade de Glastonbury. Lá, prepararam uma linhagem de guardiões do Graal.

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    4) MUNDO AFORA

    Várias obras antigas, como Parzival, de Wolfram von Eschenbach, relatam que o Graal foi parar numa capela de Valência, na Espanha, onde teria sido exposto por 600 anos. Esse cálice realmente existe – análises provaram que foi produzido no século 1 a.C. Em 2014, pesquisadores da Universidade de León (Espanha) disseram que a taça estava na basílica local, atraindo hordas de turistas.

     

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    5) QUASE UM EXCALIBUR

    A busca pelo Graal teria mobilizado até os cavaleiros da Távola Redonda. Após ter uma visão, o rei Arthur acreditava que só o cálice poderia salvar o reino de Camelot. Com isso, Lancelot e sua trupe foram atrás do tal objeto, mas nunca o encontraram.

     

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    6) HERAÇA SAGRADA

    Em muitos registros antigos, o cálice é chamado de “sangreal”, que significa “sangue real”. Isso corroboraria a tese de que o Graal não seria um objeto, mas uma referência à linhagem de Jesus. Ele teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos. Após a crucificação, ela e as crianças teriam fugido para uma comunidade judaica no sul da França, onde eram protegidos por um grupo de cavaleiros, os Templários. Manuscritos descobertos em 1947 em uma caverna de Qumran, na Palestina, continham genealogias que seriam a prova dessa relação, indicando uma linhagem que teria o direito de reinar sobre Israel.

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    7) SEM FORMA DEFINIDA

    Assim como sua localização na Idade Média, o formato do objeto também sofreu várias especulações. Relatos diziam que era uma tigela, uma pedra esverdeada mística ou um cálice cravejado com joias caríssimas (que o teriam ajudado a permanecer oculto por séculos). Sua ausência na pintura A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, aumentou ainda mais a desconfiança sobre sua aparência.

     

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    POR OUTRO LADO…

    Ficção e fé se misturam na propagação da lenda

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    – Na Bíblia, a participação de José de Arimateia após a crucificação se restringe a colocar o corpo de Jesus em um sepulcro em uma de suas propriedades.

    – Muitos dos relatos sobre o Graal são obras de ficção. Os contos do francês Chrétien de Troyes, do século 12, foram os primeiros a popularizar a lenda na Europa.

    – A ligação de Arimateia com a Távola Redonda também foi bolada por outro autor, o poeta Robert de Boron. A própria existência do rei Arthur não é consenso entre historiadores.

    – A teoria da linhagem de Jesus ganhou força com outra ficção: O Código da Vinci, de Dan Brown.

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    – A Igreja Católica nunca detalhou a verdadeira aparência do Santo Graal ou sequer atesta sua existência. A posição oficial é de que o cálice tem apenas um valor simbólico para os cristãos.

    – Historicamente, a função da Ordem dos Templários era proteger cristãos que queriam peregrinar para Jerusalém, reconquistada nas Cruzadas. Não há registro de envolvimento do grupo com a suposta relíquia.

    – A pesquisa do cálice de Valência atestou sua idade milenar. Mas muitos cálices foram produzidos naquela época. Nada atesta que o objeto exposto seja o Graal.

    – Só na Europa, há cerca de 200 cálices apontados como o Graal.

     

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    FONTES Rafael Rodrigues da Silva, filósofo e especialista em teologia e ciências da religião; livro Santo Graal, de Aurélio Patrão; BBC

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