A cocaína, de mãe para filho
Embriologistas norte-americanos examinaram o que acontece com o feto quando a gestante consome cocaína e concluíram que a droga afeta duas áreas do cérebro - a responsável pelo comportamento e a do aprendizado.
Há algum tempo, os psicólogos vêm observando que os bebês de mães viciadas em cocaína costumam ser especialmente irritadiços. Por isso, embriologistas da Universidade de Chigado, nos Estados Unidos, resolveram examinar o que acontece com o feto, quando a gestante consome a droga. Eles injetaram 1 grama de cocaína em fêmeas de macacos grávidas; então, com uma longa agulha, retiraram amostras do sangue do feto. Desse modo, constataram que, cerca de uma depois de ser introduzido no organismo, um terço da cocaína acaba caindo na circulação sangüínea do filho. Logo no início da gravidez, isso não causa problemas, mas se acontece entre a segunda e a oitava semana de gestação, a droga afeta especialmente duas áreas do cérebro – a responsável pelo comportamento e a do aprendizado. O pior, segundo os cientistas, é que quinze dias depois da fecundação, quando começam a ocorrer esses danos, muitas mulheres nem sabem que estão grávidas.