O anticoncepcional do futuro será uma vacina contra o espermatozóide, que poderá ser tomada por homens e mulheres, Essa idéia de pesquisadores escoceses surgiu da observação de que há pessoas estéreis porque produzem anticorpos contra o espermatozóide. Ao menos com porquinhos-da-índia já se conseguiram resultados positivos. Os pesquisadores isolaram uma pro teína no espermatozóide dos animais, a qual, durante a fecundação, tem o papel fundamental de perfurar a membrana que envolve o óvulo.
Machos e fêmeas receberam uma injeção dessa proteína, chamada PH-20, passando a produzir anticorpos que se encaixam no espermatozóide como peças de um quebra-cabeça. Resultado: os espermatozóides não conseguem penetrar no óvulo. Portanto, os machos vacinados passaram a produzir espermatozóides incapazes de fecundar; as fêmeas vacinadas, por sua vez, têm anticorpos que bloqueiam os espermatozóides, unindo-se à PH-20. A vacina anticoncepcional parece reversível, pois os bichos voltaram a ser férteis num prazo de seis a quinze meses. Os pesquisadores procuram, agora, o equivalente da proteína PH-20 no espermatozóide humano.