Marina Motomura
É um alimento com o mesmo gosto, mesma textura e mesmas calorias que seu parente famoso, o chocolate. A diferença é que, no cupulate, o Theobroma cacao (cacau) é substituído pelo Theobroma grandiflorum (cupuaçu), fruta típica da Amazônia. Os dois pertencem ao mesmo gênero, o que explica as semelhanças.
O cupulate apresenta outras vantagens. “O produto é mais barato, já que a semente de cacau possui cotação comercial e a de cupuaçu, não”, diz Raimunda Ribeiro de Nazaré, farmacêutica bioquímica da Embrapa. “Além disso, ao chocolate são acrescentados ingredientes como flavorizantes e aromatizantes. Já o cupulate é um produto orgânico.”
Outro ponto a favor do cupulate é que a gordura de cupuaçu suporta até 2 graus a mais que a de cacau. Ou seja, ele não derrete tão facilmente – o que é ótimo num país tropical.
A guloseima foi registrada no Brasil pela Embrapa em 1990. Em 2000, a empresa japonesa Asahi Foods (que já tinha registrado o nome cupuaçu) fez o registro do cupulate no Japão e na Europa. Em março, vencemos a batalha jurídica pela patente no Japão, mas ainda falta convencer os europeus.