Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, trouxe informações alarmantes para mulheres do mundo todo. Os pesquisadores da instituição descobriram que o uso de anticoncepcionais pode estar danificando o cérebro.
Os cientistas dividiram 90 mulheres em dois grupos: 44 que tomavam as pílulas regularmente e 46 que não. Eles notaram que duas regiões específicas do cérebro, o córtex orbitofrontal lateral e o córtex cingulado posterior, tendiam a ser mais finos nas mulheres que tomavam a contracepção oral.
Se você não é médico, provavelmente nunca ouviu falar dessas duas regiões do cérebro. Elas desempenham um papel importante na saúde das pessoas. O córtex orbitofrontal lateral, por exemplo, regula as emoções e a resposta a recompensas.
Aliás, mudanças no córtex orbitofrontal lateral podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade e sintomas depressivos que algumas mulheres sentem quando começam a tomar a pílula.
Já o córtex cingulado posterior está envolvido com o pensamento interior-dirigido. Essa parte do cérebro está relacionada com a memória e o desenvolvimento de planos para o futuro.
Os cientistas ainda não determinaram se estas alterações neurológicas são permanentes. “Nós precisamos fazer mais estudos para descobrir que comportamentos podem ser alterados pela pílula”, disse Nicole Petersen, neurocientista da UCLA, em entrevista ao Huffington Post.
Pesquisas e mais pesquisas
Em 2010, pesquisadores já haviam documentado que a pílula oral altera algumas partes do cérebro envolvidas na regulação do humor. No entanto, eles haviam descoberto que determinadas regiões tinham aumentado de tamanho.
Apesar de preocupante, já era de se esperar que a pílula provocasse efeitos negativos no cérebro. Afinal, hormônios sexuais, como o estrogênio, influenciam (e muito) o sistema nervoso da mulher.
Esta não é a primeira vez que um estudo revela os males dos anticoncepcionais. Uma pesquisa recente descobriu que mulheres que tomam contraceptivos orais combinados (aqueles que combinam diversos tipo de hormônios) têm um risco de trombose venosa quadruplicada em relação àquelas que não tomam pílulas.