Da pior forma possível. A Fifa tem um “comitê executivo”, composto de 24 pessoas: o presidente da Fifa, seu secretário-geral e alguns presidentes de confederações continentais e federações nacionais. Eles analisam o dossiê de cada país-candidato, visitam as instalações desses países, se reúnem (geralmente seis ou sete anos antes do Mundial) e votam em vários escrutínios: a cada turno, o último colocado é eliminado, até que sobrem apenas dois. Em caso de empate, o presidente da Fifa dá o “chamado” (obrigado, Galvão Bueno) voto de Minerva.
O problema desse sistema é que muito pouca gente vota, e o voto é secreto. Isso abre caminho para todo tipo de armação, suborno e pressão. A África do Sul ainda não engoliu a derrota, por um voto, para a Alemanha na escolha da sede da Copa de 2006. Nessa mesma escolha, em que o Brasil também era candidato, houve lances dignos das mais baixas campanhas eleitorais. A Seleção Brasileira foi a Bangcoc fazer um amistoso com a inexpressiva Tailândia apenas para puxar o saco de um dos membros do comitê, que é tailandês. Não adiantou nada: a CBF acabou retirando a candidatura na véspera da votação, diante da derrota inevitável.