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Como o homem fala

E canta, chora, cochicha, geme e grita, graças a um dos mais versáteis instrumentos da natureza: as cordas vocais. A ciência já consegue ver por dentro toda a sonora riqueza da voz humana.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h38 - Publicado em 31 ago 1990, 22h00

Lúcia Helena de Oliveira

A platéia fica de boca fechada, sem dar um pio, para ouvir uma ária da ópera Carmen. A intérprete é Celine Imbert, paulistana de 38 anos, dona de uma elogiadíssima voz de soprano, a mais rara e requintada que uma cantora lírica pode ter. Mas o silêncio dos ouvintes naquela apresentação tinha um motivo incomum. A cigana criada no século passado pelo escritor francês Prosper Mérimée e transformada em ópera por seu conterrâneo Georges Bizet (1838-1875) provavelmente jamais havia sido vista dessa maneira: em vez da dança sensual da personagem, assistia-se então à coreografia de um tubo rosado e oco, contraindo-se e esticando-se no ritmo da música. Não se tratava de uma montagem performática de Carmen, mas da gravação de um vídeo para a Escola Paulista de Medicina, há poucos meses, Celine exibia a laringe a um distinto público de pesquisadores, graças a um equipamento desenvolvido para possibilitar que os cientistas compreendam a harmonia existente entre os gritos e os sussurros, os graves e os agudos da voz humana.

Há mais tempo do que a ciência é capaz de rastrear, o homem aprendeu a erguer, com a fala, a esplêndida catedral da linguagem, o que lhe permitiu conquistar para sempre um lugar à parte entre todos os seres vivos. Mas, até há alguns anos, existia uma única maneira de observar os mecanismos da voz: segurando-se a língua para pôr um espelho dentro da garganta. Nessa situação desconfortável, o máximo que alguém consegue é soltar grunhidos. Assim, aos estudiosos restava apenas deduzir a fisiologia a partir da anatomia, imaginando como seria a ação das cordas vocais, o par de músculos produtores do som, revestidos de mucosas, que, apesar do nome sugestivo, em nada lembram violinos ou harpas. Aliás, a julgar pela aparência, esses músculos merecem a designação menos elegante de pregas vocais, preferida pelos pesquisadores. Hoje sua imagem ficou mais nítida: ao se introduzir uma delgada fibra ótica (ligada a uma câmera de TV) pelo nariz até a laringe, como se tornou possível fazer, o aparelho fonador permanece livre e desimpedido para que a pessoa examinada fale normalmente ou, como no caso de Celine Imbert, cante uma ária.

O vídeo mostra que, vez ou outra, quando a cantora inspira, as duas cordas vocais relaxadas, uma de cada lado, formam uma fenda triangular que se chama glote. Dessa maneira, o ar trafega sem obstáculos até os pulmões, onde abastece o organismo de oxigênio. Quando o diafragma, o grande músculo que separa o tórax do abdômen, expulsa o ar para fora, pode-se romper o silêncio. Se alguém resolve soltar a voz, o cérebro ordena que os músculos da laringe fechem a glote. O ar então fica no meio do caminho, preso no canal da traquéia, entre os pulmões comprimidos pelo diafragma e a glote inapelavelmente cerrada. Mas, tamanho acaba sendo o aperto ali, que o ar, sob pressão, força a passagem estreita entre as cordas vocais e estas, imediatamente depois da fuga, voltam a se unir. O pouco do gás que escapa, no entanto, é suficiente para empurrar partículas de ar que estavam na laringe; elas, por sua vez, empurram outras partículas e assim por diante, como pedras de dominó caindo uma depois de outra. O traçado dessa cadeia de partículas teria a forma de uma onda —e de fato se trata de uma onda sonora. Na verdade, as cordas vocais abrem e fecham tão rápido que não se pode notar o movimento a olho nu. Por esse motivo, ao examinar a laringe com fibra ótica, os médicos costumam recorrer a uma luz estroboscópica, como as usadas em discotecas, que dão a ilusão da imagem em câmara lenta. Nas crianças, o movimento se repete mais de 250 vezes por segundo. Com isso, a vibração do ar é grande e o resultado é uma onda mais condensada de energia ou de alta freqüência, que gera sons mais agudos. Para preservar essa voz fina e angelical é que em tempos idos surgiu a desumana idéia de castrar rapazes destinados ao canto. Isso porque, na adolescência, a entrada em cena dos hormônios sexuais, nos meninos e nas meninas, aumenta a massa muscular do organismo; as cordas vocais, em coro com essa transformação, tornam-se mais espessas e longas—desse modo, também mais resistentes à vibração.

Nas mulheres, as cordas passam a se movimentar entre 200 e 220 vezes por segundo, enquanto nos homens o ciclo vibratório é de cerca de 110 vezes. Todos podem ouvir o efeito da diferença: a voz engrossa porque a freqüência da onda sonora se torna mais baixa. Até que a laringe se acostume com a transformação, a voz desafina, o que fica mais evidente nos homens, nos quais a mudança é drástica. No entanto, mesmo entre adultos, ninguém fala no mesmo tom o tempo inteiro. “A laringe ajusta o tamanho conforme a altura do som, grave ou agudo”, explica o otorrinolaringologista Paulo Pontes, da Escola Paulista de Medicina, um dos maiores especialistas brasileiros em laringe. Ele estende a mão e a compara a uma corda vocal: “Ao fechar a mão, a pele do dorso se estira e fica mais tensa; o mesmo ocorre com a mucosa da prega vocal quando ela é estirada pelo alongamento para produzir um som mais agudo. Ao se encurtar, a prega fica menos tensa—mais massa vibra e o som é mais grave. O mesmo acontece com a mão aberta: a pele relaxa, podendo formar mais dobras.”

Para falar em alto e bom tom, porém, é preciso muito mais do que cordas vocais bem afinadas pela laringe: é necessária uma lubrificação adequada. Assim, a voz enrouquece quando se fica gripado, porque o excesso de muco segura as cordas vocais. O inverso, a secura, tampouco é o ideal. “É comum querer gritar de nervoso e a voz não sair”, exemplifica Pontes, “porque a tensão chega a secar as glândulas salivares e, sem lubrificação, as cordas vocais não conseguem vibrar direito.” Contudo, se dependesse exclusivamente do que se passa na laringe, o homem viveria quase mudo, pois o som produzido ali é tão baixo quanto o de um cochicho. Por isso, ao longo da evolução da espécie, órgãos a serviço das funções respiratória e digestiva foram se adaptando para o trabalho extra de modular a voz humana.

As ondas sonoras geradas na glote atravessam um verdadeiro sistema de amplificadores, formado pelos próprios pulmões, mais a laringe, a faringe, a boca, o nariz e por uma série de cavidades existentes nos ossos da face, os seios paranasais. Ao entrar em uma dessas estruturas, chamadas caixas de ressonância, é como se a onda sonora batesse em uma parede e ricocheteasse; desse modo, acaba se chocando com outra onda sonora no caminho. Conforme a combinação resultante do encontro, aquela primeira onda sonora pode ser amplificada, tornando-se audível. Mas também ocorre o oposto —uma onda atenuar outra. E justamente o jogo de abafar ou de aumentar o volume de certos sons que dá ao homem uma voz quase tão rica em nuances quanto a música de um piano. As cordas vocais são como o samba de Tom Jobim: emitem uma nota só, o chamado tom fundamental; outras notas podem entrar—os tons harmônicos, múltiplos do fundamental—, mas a base é uma só, de novo como na canção. Mesmo partindo de um único tom, o homem constrói toda uma gama sonora. O médico Paulo Pontes disseca a proeza: “A onda do tom fundamental, ao atravessar as caixas de ressonância, é ampliada apenas em determinadas faixas conforme o som desejado. Assim, podemos emitir, por exemplo, o som de vogais diferentes”. Tudo é calculado, embora não se perceba. O sistema nervoso comanda músculos, do abdômen até a face, de tal maneira que a onda sonora termina sendo guiada para determinados pontos de determinadas caixas de ressonância, sempre de acordo com o som.

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É fácil notar, por exemplo, as alterações que ocorrem na boca, que fica escancarada para emitir um “a” de exclamação ou faz bico para produzir o acachapante “u” de uma vaia. Assim como a boca, outras caixas de ressonância, graças à ação muscular, também vivem mudando de formato. “É claro que uma bela voz vai depender de fatores físicos, como estruturas do aparelho fonador perfeitas e bem-proporcionadas”, cita Pontes. “No entanto, mais importante do que isso, é saber guiar a onda sonora até a caixa de ressonância certa. É essa sensibilidade que os cantores têm de especial.” De fato, o jogo de caixas de ressonância é responsável pelos atributos estéticos da voz. É o trajeto da onda sonora, abafada em algumas faixas, amplificada em outras, que resulta em um tom aveludado como o de um locutor de rádio de fim de noite ou grasnante como o de um imitador do Pato Donald. No final, cada um cria maneiras exclusivas de gerar seus sons, com esse ou aquele conjunto de movimentos musculares.

“Por isso, a voz é uma espécie de impressão digital sonora”, compara a fonoaudióloga paulista Mara Behlau, a única especialista credenciada a dar pareceres em tribunais brasileiros sobre identificação de vozes. Ela trabalhou junto com peritos americanos na comparação de vozes gravadas ao telefone, quando as autoridades italianas recorreram aos Estados Unidos ao investigar o seqüestro e assassínio do primeiro-ministro Aldo Moro, em 1978. Embora o fator desenvolvimento do organismo também deva ser ouvido, a rigor o aparelho fonador é esculpido pelo uso. Assim, os órgãos de fonação do brasileiro geram com facilidade os sete fonemas vogais do português—a, é, ê, i, ó, ô, u. Isso explicaria a ginástica que é para muitos brasileiros falar outras línguas. O inglês americano, por exemplo, faz soar catorze fonemas vogais—o dobro do que os músculos dos brasileiros se habituaram a realizar. Que dizer então do sueco, que vocaliza 22 sons vocálicos.

Antes de ser moldado, porém, o aparelho fonador é capaz de aprender qualquer língua sem rastros de outros sons. Análises feitas por computadores provam que os bebês no mundo inteiro emitem no mesmo tom quatro tipos de sons. O primeiro é o grito do nascimento, algo que humano algum será capaz de repetir na vida. “É um som peculiar, pois serve para expulsar o líquido contido no trato respiratório”, esclarece Mara. Por sinal, o homem é o único animal que grita ao nascer; os bichos costumam vir ao mundo calados; provavelmente, especula- se, para não denunciar sua frágil presença a ouvidos predadores.

A voz do recém-nascido, qualquer que seja a sua origem, vai do tom mais grave ao mais agudo até que a mãe perceba que ele sente fome. Mas, quando o choro se limita a um único tom, insistente e monótono, é porque a voz reclama de dor. Finalmente, os bebês também soltam sons anasalados, leves gemidos que indicam prazer. “Para o resto da vida o homem associará prazer e afeto à voz anasalada”, informa Mara. Segundo ela, existem apenas três línguas em que os tons anasalados predominam: o português, o francês e o polonês. “Parte da fama de românticos dos franceses e de sensualidade dos brasileiros se deve ao idioma que eles falam”, acredita a especialista.

“Cada emoção tem voz própria”, garante de seu lado o psicólogo Ailton Amélio da Silva, da Universidade de São Paulo, que ensina o tema para alunos de pós-graduação. Quando Ailton começou a estudar expressões faciais em filmes e novelas, há dez anos, descobriu que era necessário tirar o som, porque a voz distrai, chamando mais a atenção do que a imagem. Há quatro anos, ele inverteu o processo e passou a ouvir apenas o som das telenovelas. Com a ajuda de computadores, a gravação é fragmentada e os segmentos, remontados ao acaso. O resultado são vozes que mantêm o tom e o ritmo originais, mas que emitem ruídos sem sentido algum. “Com uma freqüência espantosa, os ouvintes costumam identificar a emoção de quem emitiu a voz”, revela o pesquisador.

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Embora recentes, pesquisas nessa área já indicam pistas valiosas. Quando alguém mente, por exemplo, a voz tende a não oscilar de tom, como se o mentirosos temesse escorregar para a informação verdadeira. Quem está feliz fala mais fino e mais alto, ao contrário da voz tristonha e desanimada, mais baixa e mais grave. Fala grosso quem sente raiva, mas a voz afina e baixa de volume em situação de constrangimento. “Em épocas primitivas, quando a agressão fazia parte do convívio social, devia ser importante para cada um perceber na hora se a voz do outro revelava medo ou raiva”, supõe Ailton. Algumas emoções, quando constantes, podem prejudicar a voz, de acordo com a fonoaudióloga Carla Miéle, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

É o caso da tensão e da ansiedade. A respiração curta do ansioso fornece pouco fôlego para a emissão de sons. “Sem pressão suficiente do ar, as cordas vocais se esforçam em dobro e deixam de trabalhar em sincronia”, descreve Carla. Surgem então ali nódulos, os famosos calos nas cordas vocais, um dos mais comuns distúrbios de voz. O problema aparece naqueles que abusam da voz, cantores, professores, políticos, locutores, mães que vivem gritando com os filhos—gente que, às vezes, acredita que pigarrear ajuda a combater a rouquidão, um sonoro mito. Felizmente, foi-se o tempo em que para resolver um problema de calos vocais a vítima corria o risco de ficar calada para sempre. Hoje em dia, microcirurgias retiram os calos, deixando as cordas vocais intactas. Aliás, justamente porque a Medicina atual consegue observar as cordas vocais em ação, como durante a audição de Celine Imbert, existe tratamento para a maioria de seus males, sem afetar a voz dos donos—algo que deveria fazer os cientistas cantar de alegria.

 

 

Para saber mais:


Antes da torre de Babel

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(SUPER número 6, ano 4)

 

Movimento, volver

(SUPER número 3, ano 11)

 

 

 

 

Aparelhos de som

A rigor, não existe um órgão cuja única função seja permitir a emissão de sons. Mesmo as cordas vocais fazem parte da laringe, que serve para conduzir o ar aos pulmões. Mas, ao longo da evolução da espécie humana, órgãos ligados à respiração e à digestão passaram a trabalhar também na produção da voz.

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Jogo de ondas

Ao entrar em uma caixa de ressonância, a onda sonora bate e volta, cruzando com outra onda que vem atrás, no mesmo trajeto. No encontro, se uma onda for exatamente o oposto da outra, os dois sons se anularão. Se as duas ondas se encaixarem, acabarão se somando e dessa maneira o som será amplificado. Se, no entanto, as ondas não se encaixarem perfeitamente, o som original será abafado.

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O rei da imitação

A voz do papagaio nada tem a ver com a do homem, a quem imita: para início de conversa, como nas demais aves seu som não é produzido por cordas vocais, mas por uma membrana, a seringe, situada entre os brônquios e a traquéia. De uma espécie de ave para outra existem diferenças na membrana, assim como nos músculos que a fazem vibrar para produzir a onda sonora—daí a diversidade do canto dos pássaros. “A seringe de uma ave canora é muito mais complexa do que a dos papagaios”, compara a bióloga Elizabeth Hofling, da Universidade de São Paulo. Em compensação, o cérebro do papagaio tem uma capacidade de aprendizado maior para imitar sons.” Outras aves conseguem a mesma proeza, como certas araras e as gralhas. Já os pássaros pretos, excelentes imitadores, preferem copiar outras espécies—por exemplo, canários.

 

 

 

 

A voz da verdade

Nem o mais hábil imitador consegue reproduzir exatamente o jeito de falar de outra pessoa. Na década de 30, os cientistas ainda não haviam descoberto que a voz é algo tão pessoal e intransferível quanto uma impressão digital. Apesar disso, em 1935, nos Estados Unidos, o jardineiro Bruno Hauptmann acabou executado pelo seqüestro e assassino de uma criança de 2 anos—foi a primeira vez em que se usou a voz como prova em um tribunal. Embora a memória costume falhar nessas coisas, o júri confiou no pai da vítima, Charles Lindbergh (1902-1974), o primeiro aviador a atravessar o Atlântico sem escalas, que reconheceu a voz do antigo empregado no telefone.

Equipamentos capazes de identificar vozes com segurança apareceram na Segunda Guerra Mundial: os americanos verificaram que as tropas alemãs costumavam usar os mesmos soldados para transmitir mensagens de rádio—assim, identificá-los seria uma forma de acompanhar os deslocamentos dos inimigos. Na época, era preciso comparar duas frases idênticas para saber se haviam sido ditas pela mesma pessoa. Atualmente, porém, computadores analisam mais de setenta indicações, ou parâmetros, para informar se duas vozes pertencem ao mesmo dono, ainda que falando línguas diferentes.

 

 

 

 

Erros gritantes

Na hora de abrir a boca para manifestar-se sobre voz, muita gente talvez devesse permanecer em silêncio para não propagar conceitos falsos como estes:

Quem muito grita pode arrebentar as cordas vocais As cordas vocais nunca arrebentam, deixando as pessoas mudas. Quem força muito a garganta pode, isso sim, ficar rouco de cansaço ou, a longo prazo, desenvolver calos nas cordas vocais.

Um gole de bebida alcoólica aquece a garganta e ajuda a voz a sair mais fácil O álcool não traz beneficio algum à voz; além disso, é um dos principais causadores de câncer de laringe.

O único mal do cigarro, para a voz, é diminuir o fôlego A fumaça do cigarro aumenta a quantidade de muco nas cordas, o que altera a voz.

Mel e limão ajudam a curar a rouquidão Esta pode ser uma excelente receita, mas para inflamação de garganta. Pois a glote se fecha quando se engole alimentos, impedindo que entrem no aparelho respiratório. Se uma gota de mel chegar a cair sobre as cordas vocais, o efeito será um enorme engasgo. O único remédio para a voz rouca é o silêncio.

Pigarrear ajuda a tornar a voz mais clara Pigarrear é um truque psicológico—a pessoa se assegura de que a voz está na garganta e não irá lhe falhar. Infelizmente, nada arranha mais as cordas vocais do que um simples pigarro.

Na velhice, a voz muda por falta de hormônios sexuais A diminuição de hormônios e o próprio envelhecimento da mucosa que reveste as cordas vocais podem afinar a voz na terceira idade. Mas, como qualquer outro músculo, cordas vocais exercitadas, como as dos cantores, mantêm a forma. Aliás, a voz chega ao ápice entre os 40 e os 50 anos de idade.

 

 

 

 

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