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Dieta sem glúten aumenta risco de exposição a metais tóxicos

Farinha de arroz, que entra nesses produtos, contém arsênio e mercúrio, absorvidos de fertilizantes

Por Giselle Hirata
Atualizado em 14 fev 2017, 18h28 - Publicado em 14 fev 2017, 18h16
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  • Cortar o glúten da dieta se tornou uma febre entre as pessoas que buscam uma vida mais saudável ou querem perder peso. A proteína, encontrada no trigo, na cevada e em outros grãos, virou o grande vilão dos alimentos – principalmente para quem sofre com a doença celíaca (uma reação do sistema imunológico à substância, que pode causar problemas digestivos).

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    Estima-se que apenas 1% da população mundial tenha a tal doença. Mesmo assim, muita gente saudável adotou o “glúten-free” como parte da rotina alimentar. O problema é que o que parece ser bom para a saúde pode ter um efeito contrário. Um estudo, publicado na revista Epidemiology em janeiro, constatou que as pessoas que fazem esse tipo de dieta correm o risco de exposição a metais tóxicos, como o arsênio e o mercúrio.

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    Produtos sem glúten costumam ter farinha de arroz, que pode substituir o trigo. Mas, essa farinha tem a capacidade de absorver substâncias de fertilizantes, que podem desencadear doenças cardíacas, diabetes e câncer no pulmão.

    Pesquisadores da Universidade de Illinois em Chicago, fizeram testes com 73 pessoas, de 6 a 80 anos, que mantiveram uma dieta sem glúten entre 2009 e 2014. O resultado mostrou que os níveis de arsênio na urina dos participantes eram duas vezes mais altos se comparados com amostras de pessoas com alimentação comum. Já o nível de mercúrio no sangue foi 70% maior.

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    Para Maria Argos, professora de epidemiologia e uma das autoras do estudo, a alta concentração dos metais no organismo pode trazer consequência sérias, mas a equipe deve realizar outros estudos para determinar os riscos e para saber como controlar os efeitos no corpo, ajudando pessoas que, de fato, não podem consumir a proteína.

    Outra consequência da dieta sem glúten, segundo um relatório divulgado no Journal of Nutrition, seria o intestino preso, devido à deficiência em fibras – uma vez que muitos grãos ricos em fibras são substituídos no processo de produção dos alimentos gluten free

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    Vale lembrar também que alimentos sem glúten têm calorias como qualquer outro. “E muita gente tende a comer mais porque acha que faz bem para a saúde”, disse Fasano. Muitas versões sem glúten, na verdade, contêm mais calorias, açúcar e sódio para manter o sabor e a textura. E não existe dúvida: do ponto de vista científico, o glúten é inocente – açúcar, sódio e calorias em excesso não. Não têm nada de inocentes.

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