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Dieta testada em laboratório traz resultados impressionantes

Regime de jejum simulado demonstrou enormes benefícios antienvelhecimento

Por Fábio Marton
Atualizado em 31 out 2016, 19h08 - Publicado em 23 jun 2015, 19h24
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  • Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia fizeram testes extensivos com a chamada dieta de jejum simulado, obtendo resultados aparentemente incríveis. Em ratos, ela melhorou a saúde geral e aumentou a longevidade. Os benefícios que incluem a diminuição de doenças inflamatórias, melhoria na memória e aprendizado, e redução da descalcificação dos ossos. Além de ter diminuído a gordura visceral e incrementado o número de células progenitoras e células-tronco em diversos órgãos.  

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    Nos testes com humanos, a dieta reduziu a quantidade do hormônio IGF-I, que é relacionado ao envelhecimento e susceptibilidade à câncer em adultos. Também reduziu os biomarcadores e outros fatores de riscos relacionados a diabetes e doença cardiovascular, como glicose no sangue, gordura visceral e a proteína c-reativa, essa última um indicador de infecções. A perda de peso não foi mencionada explicitamente, exceto pela parte da perda de gordura visceral, o tipo mais perigoso. 

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    Além de humanos – 19 voluntários, mais um grupo de controle – e ratos, células de fermento foram usadas no experimento. O fermento, um fungo unicelular, provia uma base para testes metabólicos em nível intracelular. Os ratos, que vivem pouco tempo, serviam para medir os efeitos de longo prazo – neles, o teste começou quando eram considerados de “meia idade”. E os humanos, obviamente, são o alvo final.

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    A dieta, como o nome sugere, consiste em simular o jejum, cinco dias seguidos por mês – fora deles, o paciente podia comer como bem entendesse, inclusive se fosse adepto da dieta McDonald’s. “O jejum estrito é difícil para as pessoas aderirem, e também pode ser perigoso, então decidimos desenvolver uma dieta complexa que ativa os mesmos efeitos no corpo”, afirma o condutor do estudo, o biólogo e gerontologista Valter Longo.

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    Por três meses – mas apenas cinco dias em cada um, como já mencionamos – os voluntários consumiram uma dieta estrita, que provia entre 34 a 54% do consumo de calorias normais, composta por 11 a 14% de proteínas, 42 a 43% de carboidratos e 44 a 46% de gordura. De acordo com Longo, funciona por “reprogramar o corpo, de forma que ele entra num modo mais lento de envelhecimento, e também rejuvenescê-lo através de células-tronco. Não é uma dieta típica porque não é algo que você precisa continuar indefinidamente”.

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    Valter não dá os detalhes do que exatamente eles consumiram, e é nesta parte que o santo deve começar a desconfiar da esmola. O trabalho é patenteado e Longo é ligado a uma empresa chamada L-Nutra. Mais testes serão feitos para que ganhe a aprovação da FDA (Food and Drug Administration, responsável pela regulamentação de remédios e alimentos nos Estados Unidos). É potencialmente um negócio bilionário.

    Mas o cientista, mesmo vendendo seu peixe entusiasticamente, ao menos demonstra a cautela necessária, mencionando que mais estudos precisam ser feitos. “Se os resultados continuarem tão positivos quanto os atuais, eu acredito que a dieta de simulação de jejum será a primeira intervenção segura e eficiente a promover mudanças positivas associadas com a longevidade e saúde, que pode ser recomendada por um médico”, afirma.

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    Por fim, não tentem fazer isso em casa, crianças. Longo acredita que a dieta é segura, mas deve ser feita apenas sob supervisão médica.

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    Referências

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    A Periodic Diet that Mimics Fasting Promotes Multi-System Regeneration, Enhanced Cognitive Performance, and Healthspan, Valter D. Longo et al, Cell Metabolism: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1550413115002247

    Diet that mimics fasting appears to slow aging, ScienceDaily: https://www.sciencedaily.com/releases/2015/06/150618134408.htm

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