Doping: Nova receita para a trapaça
Já está à venda nas farmácias americanas um remédio que poderá ajudar os atletas a vencer competições olímpicas a qualquer preço, mesmo que o seu uso seja considerado como doping.
Uma fórmula para vencera qual- quer preço está à venda nas farmácias americanas, desde o início do ano: é a versão sintética do hormônio eritropoitina, produzido nos rins, que aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue. Estes fazem o transporte de oxigênio, bem mais requisitado quando o organismo é literalmente colocado à prova. Por isso, embora indicado para o caso de deficiências renais, o remédio atrai saudáveis atletas que antes chegavam ao extremo de congelar uma boa dose dos próprios glóbulos, para reinjetá-los às vésperas de competições. O recurso é ilegal desde os Jogos Olímpicos de Los Angeles, de 1984.
Até a chegada do novo remédio, um teste de laboratório recém-criado na Suécia para detectar a chamada autotransfusão seria a prova perfeita desse doping sangüíneo. Mas o brasileiro Eduardo De Rose, da comissão médica do Comitê Olímpico Internacional, espera outra solução, antes dos próximos Jogos de Barcelona, daqui três anos: “Tudo o que é produzi no corpo precisa de substâncias precursoras”, explica. “Portanto, pode-se criar hum teste que compare a quantidade de precursores com a do hormônio eritropotina. Se a diferença for grande, estará claro que se usou o remédio.” Recomenda-se aos adeptos de Bens Johnson que mantenham o sangue-frio.
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