Efeito do cigarro dura 3 gerações
Pesquisa aponta que a nicotina pode desligar genes necessários para a formação dos pulmões - e essa mudança é transferida aos descendentes do fumante.
Salvador Nogueira e Bruno Garattoni
O cigarro gera alterações fisiológicas que passam por gerações e podem afetar eventuais descendentes – se uma mulher que fuma tiver filhos ou netos, eles já nascerão com maior risco de desenvolver asma. Essa é a conclusão de um estudo recém-publicado pela Universidade da Califórnia, que fez experiências para medir o efeito da nicotina (princípio ativo do cigarro) em ratos de laboratório. Segundo os pesquisadores, a nicotina tem o poder de desligar genes necessários para a formação correta dos pulmões – e essa mudança é transferida aos descendentes do fumante.