Toda vez que num hospital é preciso analisar o sangue de um paciente, perdem-se, no mínimo, dez minutos entre colher a amostra e levá-la ao laboratório onde será examinada o que pode ser excessivo em casos de vida ou morte. Esse desperdício de tempo parece estar com os dias contados: no futuro, o sangue será examinado na hora graças a uma finíssima fibra ótica colocada na circulação. Um feixe de luz percorre a fibra em incontáveis idas e vindas. Na ponta da fibra, uma cavidade coberta por uma tinta fluorescente reage ao entrar em contato com determinada substância química – componente do sangue, droga ou agente patogênico -, provocando uma alteração no retorno do feixe de luz. Essa alteração pode ser analisada por um aparelho chamado espectrõmetro. Em alguns hospitais dos Estados Unidos, a fibra ótica já tem sido usada com essa finalidade, mas por enquanto apenas em cirurgias, cardíacas, para avaliar a quantidade de oxigênio no sangue do paciente.