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Os esportes mais perigosos, segundo o Comitê Olímpico

O COI revelou quais atletas sofreram mais lesões durante as Olimpíadas de Tóquio. Veja o ranking dos esportes que causaram mais acidentes.

Por Maria Clara Rossini
16 mar 2023, 11h32

Um atleta de alto rendimento espera quatro anos para competir no evento mais importante da sua carreira. Chegando lá, ainda está sujeito a lesões, acidentes, infecções e, mais recentemente, a uma pandemia que pode impossibilitá-lo de participar. Na Olimpíada de 2020 (que, na verdade, ocorreu entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021), ocorreram nove lesões e quatro casos de doenças a cada 100 atletas.

Alguns acidentes e adoecimentos já são esperados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Por isso, após cada edição do evento é publicado um artigo relatando esses casos. 11.315 atletas de 206 países diferentes participaram da última Olimpíada, totalizando 438 casos de doenças variadas e 1.035 lesões.

É de se imaginar que a covid-19 tenha contribuído para o aumento no número de doenças, mas na verdade a pandemia teve o efeito contrário: os casos de doenças diminuíram em comparação aos anos anteriores. “Isso pode ser atribuído às medidas de precaução adotadas para mitigar a covid-19, o que reduziu a transmissão de todas as infecções respiratórias”, escrevem os cientistas. No total, apenas 18 atletas contraíram covid-19.

A taxa de lesões foi semelhante à dos Jogos anteriores. Os atletas de boxe e ciclismo BMX racing foram os que mais sofreram (27% saíram lesionados). São seguidos pelo ciclismo BMX freestyle (22%), skate (21%) e karatê (19%). Veja a lista abaixo.

Infográfico com a porcentagem de lesões em atletas que participaram das Olimpíadas de Tóquio 2020. São 46 esportes e o infográfico mostra a incidência em homens, em mulheres e um mapa de calor mostra quais as regiões de lesão mais comuns.
(Natalia Sayuri Lara/Maria Clara Rossini/Superinteressante)
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Esportes como ciclismo BMX, skate, karatê, escalada esportiva e surf fizeram sua estreia na Olimpíada de Tóquio – e já aparecem entre as maiores porcentagens de lesões. Há também números curiosos, como o fato do tênis de mesa gerar mais lesões que futebol, atletismo e vôlei, por exemplo.

Os autores notam que a correlação entre os novos esportes e o maior número de lesões pode ter diversas razões, desde condições climáticas, design do equipamento utilizado e treinamento para prevenir lesões. Os dados da Olimpíada podem ser usados para identificar esses problemas e reduzir os riscos nesses esportes.

Por parte das doenças, um dos maiores responsáveis pelos casos de mal-estar entre os atletas foi o calor. Com temperaturas acima de 30°C e umidade de mais de 70%, 78 atletas ficaram debilitados. Os casos foram moderados, e puderam ser resolvidos com medidas de mitigação. Os pesquisadores recomendam, no entanto, que as próximas edições do evento sejam realizadas em climas mais amenos.

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