Os esportes mais perigosos, segundo o Comitê Olímpico
O COI revelou quais atletas sofreram mais lesões durante as Olimpíadas de Tóquio. Veja o ranking dos esportes que causaram mais acidentes.
Um atleta de alto rendimento espera quatro anos para competir no evento mais importante da sua carreira. Chegando lá, ainda está sujeito a lesões, acidentes, infecções e, mais recentemente, a uma pandemia que pode impossibilitá-lo de participar. Na Olimpíada de 2020 (que, na verdade, ocorreu entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021), ocorreram nove lesões e quatro casos de doenças a cada 100 atletas.
Alguns acidentes e adoecimentos já são esperados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Por isso, após cada edição do evento é publicado um artigo relatando esses casos. 11.315 atletas de 206 países diferentes participaram da última Olimpíada, totalizando 438 casos de doenças variadas e 1.035 lesões.
É de se imaginar que a covid-19 tenha contribuído para o aumento no número de doenças, mas na verdade a pandemia teve o efeito contrário: os casos de doenças diminuíram em comparação aos anos anteriores. “Isso pode ser atribuído às medidas de precaução adotadas para mitigar a covid-19, o que reduziu a transmissão de todas as infecções respiratórias”, escrevem os cientistas. No total, apenas 18 atletas contraíram covid-19.
A taxa de lesões foi semelhante à dos Jogos anteriores. Os atletas de boxe e ciclismo BMX racing foram os que mais sofreram (27% saíram lesionados). São seguidos pelo ciclismo BMX freestyle (22%), skate (21%) e karatê (19%). Veja a lista abaixo.
Esportes como ciclismo BMX, skate, karatê, escalada esportiva e surf fizeram sua estreia na Olimpíada de Tóquio – e já aparecem entre as maiores porcentagens de lesões. Há também números curiosos, como o fato do tênis de mesa gerar mais lesões que futebol, atletismo e vôlei, por exemplo.
Os autores notam que a correlação entre os novos esportes e o maior número de lesões pode ter diversas razões, desde condições climáticas, design do equipamento utilizado e treinamento para prevenir lesões. Os dados da Olimpíada podem ser usados para identificar esses problemas e reduzir os riscos nesses esportes.
Por parte das doenças, um dos maiores responsáveis pelos casos de mal-estar entre os atletas foi o calor. Com temperaturas acima de 30°C e umidade de mais de 70%, 78 atletas ficaram debilitados. Os casos foram moderados, e puderam ser resolvidos com medidas de mitigação. Os pesquisadores recomendam, no entanto, que as próximas edições do evento sejam realizadas em climas mais amenos.