Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Preocupação com dinheiro aumenta risco de infarto em até 13 vezes

Estudo realizado na África do Sul encontra relações evidentes entre o estresse financeiro e a saúde do coração

Por Giovana Feix
Atualizado em 15 nov 2017, 16h39 - Publicado em 15 nov 2017, 16h37

Eles chegam todo mês, sem falta, e, além de causar sofrimento momentâneo, podem afetar a longo prazo a saúde do coração: são os temidos boletos. Quem diz isso são cientistas sul-africanos, que concluíram um estudo sobre as relações entre fatores psicossociais e os riscos de alguém infartar.

Dentre as descobertas, a mais impressionante incrimina algo que (convenhamos) já não agradava a ninguém: a preocupação com o dinheiro. De acordo com o levantamento, essa angústia aumenta em impressionantes 13 vezes o risco de um ataque cardíaco.

Como funcionou o estudo

Para chegar a tais conclusões, foram analisados 212 voluntários – metade tinha sofrido um infarto, enquanto os outros nunca haviam passado por esse susto. Os participantes completaram um questionário sobre emoções que haviam vivenciado no mês anterior à pesquisa. Tinham se sentido deprimidos? Ansiosos? Estressados? E, se sim, o culpado foi o trabalho ou o dinheiro? Tudo isso foi levado em consideração.

Pra começo de conversa: 40% dos entrevistados reclamou de estresse intenso no mês anterior. E, quando esse sentimento estava relacionado ao trabalho, foi possível verificar um aumento de 5,6 vezes no risco de infartar em comparação com o pessoal mais tranquilo. Mas nada superou o impacto das preocupações financeiras propriamente – que, como já dissemos, catapultou em 13 vezes a probabilidade de um piripaque cardíaco.

A saúde mental como alerta

O estudo também mostrou que a depressão (mesmo quando moderada) é capaz de triplicar a possibilidade de essa complicação cardíaca dar as caras. Segundo Denishan Govender, um dos professores responsáveis pela descoberta, da Universidade de Witwatersrand, os números chamam atenção à necessidade de todo e qualquer doutor ficar de olho na saúde mental de seus pacientes.

Continua após a publicidade

“Poucos médicos perguntam sobre estresse, depressão ou ansiedade durante uma consulta, e isso deveria ser uma prática tão rotineira quanto questionamentos sobre tabagismo”, opinou o especialista, em entrevista à Sociedade Europeia de Cardiologia. “Assim como providenciamos conselhos sobre a cessação do tabagismo, precisamos oferecer informação sobre como lidar com o estresse.”

A relação entre fatores psicossociais e o coração já tinha sido observada em estudos de outros países, e foi confirmada agora pela primeira vez na África do Sul, um país em desenvolvimento – assim como o Brasil. Além da cabeça, portanto, parece que as crises financeiras atingem o peito em cheio. Melhor não se descuidar.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Saúde

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.