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Pressão: Altos e baixos

O corpo humano é preparado para viver em condições normais de pressão, mas consegue se adaptar a extremos de altitude e profundidade.

Por Da Redação
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 1 set 1998, 22h00

Lívia Lisbôa

Como qualquer outro ser vivo, o homem evoluiu para viver em determinadas condições de clima e pressão atmosférica – mas não consegue se conformar só com seu habitat. Impulsionado pela vontade de superar limites, ele testa sua capacidade de sobrevivência em ambientes inóspitos como nenhum outro animal faria. Aventurar-se no alto de uma montanha ou no fundo do mar exige que o organismo humano se acostume às diferenças no comportamento do gás essencial à vida, o oxigênio.

Quanto maior a altitude, menor a quantidade de oxigênio, pois o ar fica menos denso, com mais espaços vazios entre as moléculas. A pressão atmosférica diminui, causando dor de cabeça, náuseas e prostração. Já em grandes profundidades, o perigo é a pressão sobre o peito do mergulhador, um obstáculo ao trabalho dos músculos na respiração. Até a volta pode ser perigosa, tanto das alturas quanto das profundezas. É que a coordenação motora, a lucidez e a capacidade de raciocínio rápido ficam comprometidas.

 

Limites à prova

No mar ou na montanha, saiba o esforço que seu corpo faz para controlar a respiração.

8 000 metros – Zona fatal

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No topo do Monte Everest, o pico mais alto do mundo, o aventureiro consegue respirar apenas 30% do oxigênio necessário. Os poucos alpinistas que conseguiram chegar lá sem tubos de oxigênio agüentaram uma hora e meia, no máximo. Mais do que isso, é morte certa.

 

5 000 metros – Alerta vermelho

A capacidade de adaptação do organismo diminui muito. Aumenta o risco de edemas por acúmulo de líquidos no pulmão ou no cérebro.

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3 600 metros – Sufoco andino

La Paz, na Bolívia, é a capital mais alta do mundo. Seus 700 000 habitantes estão acostumados ao ar rarefeito da Cordilheira dos Andes. Lá, é comum mascar folhas de coca (foto) para atenuar os efeitos da altitude.

 

2 800 metros – O corpo sofre

O organismo começa a responder à redução do oxigênio. No início, você passa a respirar mais depressa e mais profundamente. A freqüência cardíaca também aumenta, para distribuir o oxigênio a todas as células com mais eficiência. A partir do terceiro dia nesta altitude, o corpo se adapta e começa a produzir mais emoglobina, a molécula sangüínea que transporta o oxigênio.

 

Nível do mar

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Aqui, você tem uma coluna de ar sobre a cabeça, que corresponde a 1 atmosfera, a unidade de medida da pressão atmosférica.

 

-10 metros – Mergulhar de cabeça

A cada 10 metros que você desce, a pressão aumenta em 1 atmosfera. O tímpano, a membrana do ouvido, pode ser empurrado para dentro, provocando dor. Para que ele não se rompa, é preciso fazer a chamada “manobra de Valsava”: tape o nariz e a boca e faça força para expirar até que as pressões se igualem.

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-40 metros – O canto das sereias

Nesta profundidade, a pressão é de 5 atmosferas. Os mergulhadores precisam usar um cilindro de ar comprimido. O nitrogênio, aqui, é um vilão. Ele interfere nos estímulos nervosos causando a “embriaguez das profundidades”. Se o retorno à superfície for muito rápido, acontece a embolia, que é a formação de bolhas no sangue. Resultado: deformação ou, até mesmo, rompimento do pulmão.

 

-300 metros – Trabalho submarino

Para trabalhar nas plataformas de exploração de petróleo submarino, os mergulhadores precisam adaptar-se lentamente em câmaras especiais, onde respiram uma mistura de hélio, oxigênio e nitrogênio.

Emergência a bordo

Seria impossível viajar de avião, acima dos 10 000 metros, se as cabines não fossem supridas de ar pressurizado. Nessa altitude, a quantidade de oxigênio no ar é insuficiente. Se, por algum motivo, ocorre uma queda de pressão, uma máscara garante o suprimento necessário de oxigênio (foto). Do contrário, os passageiros perderiam a consciência em poucos minutos.

Quem sabe é super

O recorde oficial de profundidade para a perigosa e desaconselhável atividade do mergulho sem equipamento é de 130 metros, obtido pelo cubano Francisco “Pipún” Ferras, ao largo do Cabo San Lucas, México, no dia 10 de março de 1996.

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