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Pulserinha de papel avisa quando você passou tempo demais no Sol

Ela é capaz de distinguir dois tipos de UV – o A e o B, que causam problemas diferentes –, e pode ser regulada de acordo com a cor da pele do usuário.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 set 2018, 19h19 - Publicado em 26 set 2018, 19h09

Seu corpo só sintetiza vitamina D se você tomar um pouco de Sol. Mas vale lembrar que é só um pouco mesmo. Afinal, o simpático astro rei na verdade é uma bola de plasma queimando 600 milhões de toneladas de hidrogênio por segundo numa fornalha a 15000000 ºC. Em outras palavras, ele libera um bocado de radiação – que, ao atingir sua pele por período prolongados, pode resultar em queimaduras e, com um pouco de azar, câncer. Em outras palavras, o Sol é uma droga: só faz bem na dose certa.

Para facilitar e deixar claro qual é o limite saudável., um grupo de pesquisadores liderados por Vipul Bansal, pesquisador da Universidade RMIT, na Austrália, criou um método simples e barato: uma pulserinha de papel com quatro emojis. Eles mudam de cor quando são expostos à radiação ultravioleta (UV).

O acessório é capaz de distinguir dois tipos de UV – o A e o B, que causam problemas de saúde diferentes –, e também pode ser regulado de acordo com a cor da pele do usuário: quanto mais melanina, mais tempo de bronze a pessoa aguenta, e mais a pulseira demora para escurecer.

O truque é imprimir os emojis com uma tinta feita de ácido fosfomolíbdico (conhecido pela sigla PMA) – uma substância que normalmente é incolor, mas se torna azul quando é exposta à luz solar.

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O primeiro emoji se torna azul quando 25% do tempo que o usuário pode passar no Sol transcorreu. O segundo, na marca dos 50%. O terceiro, nos 75%. Quando o quatro emoji fica da cor do céu, é hora de procurar abrigo. Os emojis são capazes de fazer essa contagem regressiva porque cada um tem um filtro. O filtro do primeiro deixa muita radiação passar, o do último é o mais resistente.

Os filtros também foram fabricados da maneira mais econômica possível: usando plástico das famosas transparências – os slides analógicos da década de 1980, que eram projetados na parede. Eles vêm em seis “regulagens” diferentes – uma para cada tom de pele.

A distinção entre raios UV do tipo A (que são mais brandos, e causam “apenas” rugas e envelhecimento) e a do tipo B (que é mais intensa e é a principal responsável pelas queimaduras e o câncer de pele) é simples: o ácido, da mesma maneira que a pele, escurece mais rápido quando é exposto ao B.

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A pulseira custará aproximadamente 1 dólar australiano – que equivale a R$ 2,75 – mas não há previsão para que chegue ao Brasil. Caso chegue, porém, é bom lembrar que ela não substitui o protetor solar. Um conselho óbvio – mas necessário.

 

 

 

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