Como funcionam as bombinhas usadas pelos asmáticos?
Elas lançam o remédio diretamente nos pulmões, tornando a sua ação mais rápida do que se fosse tomado na forma de comprimidos. As substâncias borrifadas podem ser de dois tipos. “Há alguns anos, descobriu-se que a asma é um processo alérgico que causa uma inflamação nos brônquios”, diz o pneumologista Arthur Rothman, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “Assim, é importante durante o tratamento borrifar antiinflamatórios”, diz ele. Outro medicamento fundamental é o broncodilatador (veja infográfico). Algumas bombinhas carregam as duas drogas juntas, mas o mais comum é que venham separadas para que a dosagem de cada uma possa ser controlada. Durante muito tempo se acreditou que os broncodilatadores poderiam fazer mal ao coração. Além de agir no pulmão, eles se encaixam em receptores existentes no coração, causando taquicardia. Por isso, dizia-se que as bombinhas não deveriam ser usadas com regularidade. “Mas hoje já se sabe que a ação sobre o coração é passageira e não há risco para a saúde”, diz Rothman. Algumas vezes aparecem efeitos colaterais leves, como rouquidão. Se for usado em excesso, os broncodilatadores também podem provocar tremores e mal-estar.
Direto ao ponto
Com a bombinha o alívio da asma é mais rápido.
1. Aspirada, a névoa de remédio – um antiinflamatório, um broncodilatador ou os dois juntos – chega rápido aos pulmões.
2. O antiinflamatório ajuda a diminuir a irritação no lugar. O broncodilatador age sobre os alvéolos, que nos asmáticos ficam contraídos e cheios de muco.
3. O efeito – a descontração dos alvéolos e conseqüente aumento na absorção de oxigênio – pode durar de alguns minutos a até 14 horas, dependendo do estado do paciente.