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Seu filho é seletivo demais para comer? A culpa pode ser da genética

Estudando gêmeos, cientistas descobriram que os genes influenciam se uma criança é exigente para comer – mas não são o único fator.

Por Eduardo Lima
Atualizado em 20 set 2024, 17h57 - Publicado em 20 set 2024, 16h00

Viu uma criança num restaurante fazendo careta para um brócolis? Não julgue: talvez não seja culpa dos pais. Bom, melhor reformular: talvez não seja culpa da educação que eles deram para os filhos. Algumas coisas não podemos escolher, como a genética – que provavelmente é a causa da maioria dos problemas de seletividade na alimentação entre as crianças, de acordo com um novo estudo.

Os pesquisadores britânicos, que publicaram seu estudo na revista Journal of Child Psychology and Psychiatry, analisaram os hábitos alimentares de crianças e adolescentes. Aqueles que tinham dificuldade para comer com 16 meses normalmente continuavam a ter o mesmo problema aos 13 anos de idade.

Fazendo uma análise temporal, a equipe identificou um pico de exigência aos sete anos de idade, que depois passava por uma leve diminuição. Quando foram estudar as causas disso, o DNA se mostrou a mais relevante: 60% dos casos de alimentação problemática aos 16 meses poderiam ser explicados pela variação genética, e o número subia para 74% dos três aos 13 anos.

Por mais que a genética seja o fator dominante para determinar se a criança vai ser exigente com comida ou não, questões ambientais também são importantes. O estudo mostrou que a família toda sentar à mesa e comer uma refeição diversa pode ser bom para desenvolver um paladar mais aberto, e os tipos de comidas consumidos ao redor das crianças também são fortes influências.

Genética não é palavra final

O estudo foi feito com dados de outra pesquisa, a UK Gemini, que analisou 2.400 pares de gêmeos britânicos para entender como a genética e o ambiente interferem no crescimento da criança. Os pais dessas crianças responderam questionários sobre a alimentação delas quando tinham 16 meses, três anos, cinco, sete e 13 anos.

Como eles estudaram a influência da genética nos hábitos alimentares? Os pesquisadores compararam os hábitos alimentares de gêmeos idênticos, que compartilham 100% dos genes, com gêmeos bivitelinos (diferentes), que não são clones entre si mas compartilham o mesmo ambiente e a mesma criação. Eles descobriram que os hábitos alimentares eram muito mais similares entre gêmeos univitelinos do que entre gêmeos que não são idênticos.

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Entre os fatores ambientais que afetam os hábitos alimentares, as amizades contam bastante entre sete e 13 anos. 25% das variações podem ser explicadas olhando para o que os diferentes amigos comiam.

A genética é importante, mas isso não deve desincentivar os pais de ajudar os filhos a desenvolver hábitos alimentares mais saudáveis. A seletividade para comer não é um dado imutável e fixo. É algo que pode ser mudado, especialmente com os amigos na adolescência. Pressão de grupo para o bem.

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