Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

7 aves que cantam nos centros urbanos – e podem te acordar de manhã

Setembro é o mês em que o sabiá laranjeira começa a cantar de madrugada. Conheça esse e outros pássaros que vivem nas cidades brasileiras.

Por Bela Lobato
Atualizado em 9 set 2024, 14h53 - Publicado em 4 set 2024, 19h00

O Brasil é o país com a terceira maior biodiversidade de aves do mundo, atrás apenas da Colômbia e do Peru. Por isso, mesmo nas cidades grandes e pouco arborizadas, ainda é possível ver e ouvir vários pássaros.

Um estudo recente da UNESP mostrou que as pessoas tendem a subestimar a fauna de aves das cidades. Mas não é por que você não consegue vê-los que eles não estejam lá.

Há quem goste e há quem se irrite, por exemplo, com o canto da madrugada do sabiá laranjeira (Turdus rufiventris), a ave símbolo do país. Sua temporada de reprodução começa por volta de setembro, quando a espécie passa a cantar mais (e mais cedo) para atrair a atenção de possíveis parceiros. 

Um pássaro sobre um pedaço de concreto
(Charles J. Sharp / Wikimedia Commons/Reprodução)

A espécie é encontrada em todas as regiões brasileiras – até mesmo em São Paulo, onde o canto semelhante a uma flautinha do sabiá laranjeira soa por cima dos sons dos ônibus e das máquinas. 

Conheça outras espécies de aves que habitam centros urbanos do Brasil.

1. Maritaca ou periquitão-maracanã

Maritaca é o nome dado à muitas espécies diferentes no Brasil. Aqui, estamos falando de uma que também é conhecida como periquitão-maracanã, o Psittacara leucophthalmus.

Continua após a publicidade

Essa espécie parece um papagaio, só que menor. A maior parte do corpo é verde e alguns detalhes internos das asas são amarelos e vermelhos. Elas se alimentam de frutos e sementes, e gostam de ficar penduradas em árvores, calhas e muros, às vezes de cabeça para baixo.

Casal de pássaros comendo coquinhos de jerivá.
(Dario Sanches / Wikimedia Commons/Reprodução)

Como outras aves da mesma família Psittacidae, as maritacas são extremamente sociais, e passam o dia em grandes grupos. As aves voam em bando no começo da manhã e no fim da tarde, com vocalizações altas e estridentes bem características.

2. Pitiguari

O Cyclarhis gujanensis, ou pitiguari, é encontrado especialmente no Sul, Sudeste e Nordeste do país, ocupando áreas urbanas e rurais.

Existem 22 subespécies em toda a América do Sul, das quais três vivem no Brasil. A aparência de cada subespécie varia um pouco, mas, em geral, elas têm cerca de 16 centímetros, o ventre branco, uma faixa amarelada próximo ao pescoço, uma mancha acinzentada próximo aos olhos e o topo da cabeça marrom avermelhado. Machos e fêmeas são quase idênticos, mas o macho é um pouco maior.

Um pássaro repousado sobre um tronco de árvore.
(Dario Sanches / Wikimedia Commons/Reprodução)

Apesar de ser difícil de avistar, é facilmente reconhecido pelo canto alto e variado, que inclui assobios semelhantes aos humanos. Alimenta-se de frutos, insetos e pequenos animais, como filhotes de aves e lagartos. 

Continua após a publicidade

3. Bem-te-vi

Uma das aves mais populares do país, o bem-te-vi não é muito exigente na hora de escolher onde morar – ele habita zonas rurais, florestas e áreas urbanas densas. É comum em toda a América Latina, mas também pode ser encontrado na América do Norte. 

Uma curiosidade é que não foi só no Brasil que o Pitangus sulphuratus recebeu um nome onomatopeico, que remete ao som do seu canto. Em inglês, a ave é chamada de kiskadee. Na Guiana Francesa, é tyran quiquivi. Em espanhol, pode ser chamado benteveo, wichiji ou güichiji.

Um pássaro sobre um galho de árvore.
(Bernard DUPONT / Wikimedia Commons/Reprodução)

Tem as costas marrons e a barriga amarela. A cabeça é branca e preta, com uma listra preta que acompanha os olhos como um delineado charmoso. Os bem-te-vis são malandros e se alimentam de praticamente qualquer coisinha pequena que encontram: insetos, frutas, peixes, ovos, filhotes de outras aves e até pequenos anfíbios e mamíferos.

4. Sabiá-do-Campo

O sabiá-do-campo (Mimus saturninus), também conhecido como sabiá-levanta-rabo, é uma ave de quase 30 cm, reconhecida pela longa cauda que levanta ao caminhar pelo chão. Suas quatro subespécies estão espalhadas pelo Brasil e se adaptam muito bem a ambientes urbanos. 

Em geral, têm entre 23,5 e 26 cm e são cinzas nas costas, na cabeça, nas asas e na cauda, enquanto a barriga é clara. Na cabeça, têm um delineado escuro e esfumado nos olhos, com uma faixa mais clara logo acima. A sua cauda longa tem pontas brancas.

Continua após a publicidade
Um pássaro sobre um galho de árvore.
(Dario Sanches / Wikimedia Commons/Reprodução)

Para acompanhar as aves, os cientistas precisam capturá-las temporariamente e colocar uma anilha em uma de suas pernas. Apesar de não sentirem muito medo da proximidade de humanos, esses pássaros são difíceis de serem estudados, porque são muito sensíveis: o estresse da captura e do anilhamento leva muitos à morte.

Na época reprodutiva, de julho a dezembro, os sabiás do campo usam sua habilidade mais especial para atrair possíveis parceiros: são capazes de imitar os cantos de outras espécies. Eles vivem em pequenos grupos, são sociais e colaborativos e se alimentam principalmente de frutos e invertebrados. Em alguns lugares, são chamados de papa-sebo, pois comem gordura do charque estendido ao Sol.

5. João-de-barro

Esses pequenos arquitetos são as aves símbolo da Argentina, e são comuns nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os Furnarius rufus são famosos pela construção de seus ninhos em formato de forno, no alto de árvores e postes. 

Eles não utilizam o mesmo ninho em duas estações seguidas, mas revezam entre duas e três outras construções. De tempos em tempos, reparam os ninhos antigos que já estão destruídos. Se não houver mais espaço para a construção de novos ninhos, eles criam verdadeiros complexos residenciais ao lado ou em cima dos antigos.

Um pássaro sobre uma folha.
(Dario Sanches / Wikimedia Commons/Reprodução)

As aves medem entre 18 e 20 cm, com plumagem marrom-avermelhada e barriga clara. O joão-de-barro passa boa parte do tempo no chão, caminhando e correndo em busca de alimentos como formigas, cupins e outros insetos. Ele também aproveita restos de comida humana espalhados nas cidades, o que facilita sua adaptação a ambientes urbanos. Machos e fêmeas costumam cantar juntos na entrada do ninho, e há quem diga que o seu canto soa como uma gargalhada.

Continua após a publicidade

6. Cambacica

A cambacica é uma ave parecida com o bem-te-vi, mas menor e mais redondinha. Comum no Brasil todo, inclusive na região Norte, é conhecida por uma variedade de nomes. Segundo o site “Wikiaves”, alguns dos nomes populares do Coereba flaveola são: papa-mel, chupa-lima, vaga-súbito na Paraíba; sebinho e papa-banana no Rio Grande do Sul; sebito e guriatã-de-coqueiro em Pernambuco; caga-sebo e cabeça-de-vaca em São Paulo; saí e tem-tem-coroado no Pará.

Um pássaro repousado sobre um galho entre folhas.
(Charles J. Sharp / Wikimedia Commons/Reprodução)

Talvez você ache que nunca viu a cambacica, mas provavelmente já ouviu o seu canto. É um som insistente, agudo, forte e monótono.

Apesar de sua natureza briguenta, eles podem ser vistos sozinhos, em pares ou em pequenos grupos, movendo-se agilmente entre galhos e flores para alcançar o alimento, muitas vezes de cabeça para baixo. Seu bico curvado é ideal para se alimentar de néctar, frutas e insetos, sendo comum encontrá-la em bebedouros de beija-flores em quintais.

Compartilhe essa matéria via:

Casa Para Pássaros Livres Para Colocar Na Janela

Casa Para Pássaros Livres Para Colocar Na Janela Alimentador de Passarinho

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.