A vida dentro do computador
Software desenvolvido pelo biólogo americano Rhomas S. Ray imita a evolução da vida no planeta.
O mundo se desenvolveu a partir de um ancestral. Suas gerações posteriores eram mais rápidas, mais espertas e sabiam lutar melhor pela vida. Nesse mundo não tardaram a aparecer parasitas, indivíduos que roubavam energia dos outros em beneficio próprio. Toda semelhança é mais que coincidência, mas esse mundo, na verdade, não existe. É um ecossistema eletrônico, um programa de computador chamado Tierra, desenvolvido pelo biólogo americano Thomas S. Ray, que imita a evolução da vida no planeta.
O ancestral do Tierra era um programa com 80 instrutores para rodar, tendo como meta principal sua autoduplicação. A geração seguinte já se aperfeiçoou, a ponto de se reproduzir seis vezes mais rápido com apenas 22 instruções. Dessa forma eles otimizam seu tempo na memória do computador, ou seja, usam sua energia disponível para viver de forma mais eficiente. Algumas criaturas gigantescas, com ate 23000 instruções, também acabaram aparecendo no Tierra, mas perderam a competição para os programas mais rápidos – como aconteceu com os dinossauros na Terra.
Surgiram ate parasitas, programas que invadiram outros e se aproveitaram de seu tempo na memória. No Tierra também existe a morte. Um programa instalado na memória se encarrega de eliminar os programas mais velhos e aqueles onde ocorreram os maiores erros na publicação. Como na evolução proposta por Charles Darwin, os mais fracos dão lugar aos mais fortes na luta pela sobrevivência.