Astro de segunda
Na escala dos planetas, Plutão não dá nem uma Lua. Por isso, tem gente querendo rebaixá-lo à condição de asteróide
Gilberto Stam
O Museu de História Natural, em Nova York, reabriu este ano uma polêmica que está há anos sem solução: Plutão deve ou não deve ser destituído da categoria dos planetas? Menor que a Lua e quase todo feito de gelo, como os cometas, ele parece, de fato, representar uma nova classe de corpos celestes, provisoriamente batizados de “planetas menores”. É assim que o museu nova-iorquino trata Plutão numa exposição que está fazendo sobre o sistema solar. “É uma atitude corajosa”, afirma o astrônomo americano Brian Marsden, para quem o assunto já causou muita confusão. No início de 1999, o americano Johannes Andersen, então secretário-geral da União Astronômica Internacional, propôs que se votasse a reclassificação de Plutão. Mas retirou a proposta devido aos protestos que recebeu. Muitos astrônomos e educadores alegam que a população já está acostumada a ver Plutão como um planeta. E não valeria a pena alterar a tradição.