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China e Coreia do Sul querem acabar com o bitcoin

Países estão criando medidas restritivas, com apoio da lei, para limitar exploração de criptomoeda em seus territórios

Por Lucas Baranyi
11 jan 2018, 17h58

Se você não vive embaixo de uma pedra, sabe que o bitcoin nunca esteve tão em voga – foi, inclusive, capa da SUPER em dezembro de 2017. Mas, como nada no mundo é unânime, nem todo mundo está feliz com as possibilidades que a criptomoeda pode trazer. Na linha de frente para dificultar a prosperidade do bitcoin estão dois países: China e Coréia do Sul.

O país mais populoso do mundo enfrenta uma questão paradoxal em relação ao bitcoin: como a energia elétrica é muito barata no país, ‘minerar’ a moeda acaba sendo um negócio imensamente lucrativo – mas acaba gastando uma quantidade enorme de eletricidade. Agora, o governo chinês pretende aumentar o preço da energia, criar impostos e barreiras ambientais para que os mineradores de bitcoin desistam do negócio.

Este movimento, é claro, não passará impune – e é por conta disso que a empresa Bitmain, uma mineradora chinesa, está abrindo uma subsidiária na Suíça – país que traz uma jurisdição amigável e um ambiente regulatório favorável – tão favorável, na verdade, que a cidade que irá receber a Bitmain, Zug, é conhecida como “vale das criptomoedas”.

Já a Coréia do Sul está considerando banir os negócios com bitcoin. Segundo o Ministro da Justiça do país, Park Sang-ki, as moedas virtuais são uma “grande preocupação do governo”, e eles já estão preparando uma lei para bani-las.

Ainda que o mercado de bitcoin não seja tão grande na Coréia do Sul como na vizinha China, suas transações globais representam um total de 20% das trocas da criptomoeda. Horas depois do anúncio feito pelo governo sul-coreano, na última terça-feira (11), a moeda chegou a perder US$ 2 mil de seu valor, após iniciar o dia cotada em US$ 14,3 mil. Sendo uma moeda extremamente volátil, porém, não é possível saber se a queda será contínua.

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