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Como funciona o bafômetro?

Entenda a ação dessa máquina dedo-duro e saiba se é possível – ou não – enganá-la

Por Daniel Schneider e Luiza Monteiro
Atualizado em 8 nov 2018, 16h34 - Publicado em 31 jul 2008, 22h00
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  • Há mais de um tipo de bafômetro, mas todos são baseados em reações químicas envolvendo o álcool etílico presente na baforada e um reagente – por isso, o nome técnico desses aparelhos é etilômetro. Os dois mais comuns utilizam dicromato de potássio (que muda de cor na presença do álcool) e célula de combustível (que gera uma corrente elétrica). Este último é o mais usado entre os policiais no Brasil. E põe usado nisso.

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    De acordo com a Lei Seca, o motorista que for flagrado com qualquer concentração de álcool no sangue, apresentar medição igual ou superior a 0,05 mg de álcool por litro de ar expirado no bafômetro ou sinais visíveis de alteração psicomotora será punido com multa de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, perda da carteira de motorista e retenção do veículo. Se estiver muito bêbado (níveis acima de 0,34 mg/l), ainda corre o risco de ficar em cana por 6 meses a 3 anos – a menos que tenha guardado uma boa grana para a fiança.

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    Tudo sobre o bafômetro

    Como funciona

    1. Com a ajuda de um catalisador, o álcool expirado reage com o oxigênio presente no aparelho.

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    2. A reação libera ácido acético, íons de hidrogênio e elétrons.

    3. Os elétrons passam por um fio condutor, gerando corrente elétrica. Quanto mais álcool, maior a corrente: um chip faz as contas e dá a concentração de álcool no sangue.

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    4. Ao fim do processo, sobra só água na forma de vapor.

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    Máquina poderosa

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    É necessário 1 litro e meio de ar para fazer a medição, um sopro de cerca de 5 segundos. Bem fácil, a menos que você seja um fumante inveterado. A margem de erro do aparelho é de 0,007 mg/l (para quantidades menores de 0,4 mg/l), ou seja, cerca de 1%, segundo o Inmetro.

    Dá pra enganar o bafômetro? Nós testamos

    Nosso repórter – que tem 1,95 m e 80 kg – tomou duas taças de vinho (cerca de 300 ml). No teste “limpo”, o bafômetro acusou 0,18 mg/l. Então ele tentou roubar. Veja os resultados:

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    Técnica 1: tomar azeite

    Teoria: Disfarçar o hálito alcoólico.

    Resultado: 0,18 mg/l.

    Conclusão: Não funciona.

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    Técnica 2: mascar chicletes

    Teoria: Disfarçar o hálito.

    Resultado: 0,18 mg/l.

    Conclusão: Pode enganar a namorada, mas não o bafômetro

    Técnica 3: encher a boca de carvão ativado

    Teoria: Como é muito poroso, o carvão absorveria as moléculas voláteis de álcool na boca, antes que ele chegasse ao aparelho.

    Resultado: 0,16 mg/l.

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    Conclusão: Funciona pouco. Não o suficiente para evitar uma perda de carteira.

    Técnica 4: hiperventilação

    Teoria: Inspirar muito ar e depois expirar tudo, repetidas vezes, com força e velocidade, por 20 segundos, aumentaria a concentração de oxigênio nos pulmões, diminuindo a concentração de álcool na baforada.

    Resultado: 0,12 mg/l.

    Conclusão: Reduz em quase 25% a concentração momentânea do álcool nos pulmões. Mas não se engane: essa variação dura pouco e só salva quem bebeu um copinho de cerveja. Se for mais que isso, a multa e a apreensão vêm do mesmo jeito.

    Seja o que Deus quiser

    Adolescentes que fumam e bebem já podem apresentar problemas nas artérias
    (william87/Getty Images)

    Você dá um gole e, em poucos segundos, o álcool começa a ser absorvido pelo estômago, cai na corrente sanguínea e passa em forma de vapor para os pulmões. O processo inverso é bem mais longo.

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    Na hora de fazer o bafômetro, 0,1 mg de álcool por litro de baforada corresponde a 2 decigramas (dg) da substância por litro de sangue. Para atingir essa concentração, basta uma tulipa de chope ou uma taça de vinho.

    Veja quanto tempo, em média, uma dose leva para desaparecer do seu corpo:

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