Gigante solar se agita
Dois satélites americanos registraram várias erupções numa única área ativa do Sol.
Uma cândida estrela de classe média, dentro da família galáctica, o Sol, vez por outra, flexiona os músculos com um pouco mais de vigor. Foi que se viu no último mês de junho. Dois satélites meteorológicos americanos, o NOAA e o GOES – 7, captaram os primeiros sinais da turbulência: dois fortes jorros de energia, na forma de raios X, saturam os detectores dos aparelhos. Minutos mais tarde, vieram outros seis jatos, dessa vez visíveis também na forma de luz, na superfície do planeta. A intensidade das erupções é chocante”, admirou –se Alan Kiplinger, coordenador das observações do NOAA referentes ao Sol. De fato, nunca se haviam registrado tantas erupções numa única área ativa do Sol. O excesso de energia cortou comunicações de rádio e criou cores e bordados extras no fenômeno da aurora boreal, normalmente causado pelo Sol sobre o magnetismo da Terra.Os cientistas crêem que as erupções se devem a uma oscilação do campo magnético da estrela, quando alguma partículas elétricas da superfície solar mergulham para o interior do astro. Aí, forçam átomos igualmente eletrizados a emitir radiações como luz e raios X.