Flávio Dieguez
Na era digital não é preciso telescópio para observar o céu: a internet traz o cosmo até você. Para quem procura imagens do universo, a rede oferece desde as últimas fotos enviadas pelas sondas que viajam pelo sistema solar até imagens do espaço distante: quasares, supernovas e nebulosas, tudo captado pelas lentes dos melhores observatórios astronômicos do mundo e catalogado pelos maiores especialistas no assunto. Quem quiser aprender mais sobre astronomia, cosmologia ou astrofísica também encontra textos excelentes e didáticos. É só alçar vôo.
Idéia luminosa
https://www.kopernik.org/spaceimages/index.asp
O Observatório Kopernik, criado em homenagem ao revolucionário astrônomo polonês Nicolau Copérnico, mantém uma das melhores páginas da web dedicadas à astronomia. Não só pela incrível variedade de imagens e vídeos – que exibem estrelas, eclipses do Sol, chuvas de meteoros, galáxias, luas e planetas –, mas, principalmente, pelas informações instigantes e pelas ilustrações didáticas.
Planetas à la carte
space.jpl.nasa.gov
Só a Nasa poderia oferecer tamanha variedade de imagens. O site da agência espacial americana dá tanta opção que fica até difícil escolher: que planeta ou lua do sistema solar você quer ver? A que distância? Sob que ângulo? Em que data? É possível, ainda, viajar a bordo de naves que estão, neste momento, sobrevoando os planetas, como a Cassini e a Galileu, e das pioneiras Voyager I e Voyager II, que atravessaram o sistema solar há mais de uma década e hoje vagam pelo espaço interestelar.
Estrelas que passeiam
Pouca gente sabe que diversos satélites e as estações espaciais que orbitam a Terra podem ser vistas a olho nu. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, inaugurada em setembro, não só será visível como se tornará um dos cinco pontos mais brilhantes do céu, quando estiver completa. Diversos sites mostram como procurar essas novas referências celestes. A página acima é uma das melhores: indica a localização exata, a cada instante, de centenas de satélites.
Verde-amarelo
A ciberastronomia brasileira tem ótimos endereços, como este, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Além de boas fotos de planetas e luas, estrelas e galáxias, contém uma razoável biblioteca de informações de primeira qualidade. Didático, o arquivo é muito útil para pesquisas escolares. Outra grande vantagem é que, entre os vários links disponíveis, acham-se os que levam aos grandes telescópios internacionais dos quais o Brasil é co-proprietário, o Gemini e o Aura.
Perto do Sol
Esta é uma ótima época para observar o Sol, que está no ponto mais alto de seu ciclo de 11 anos – período em que sua superfície fica manchada e, volta e meia, explode, soltando línguas de fogo. A página acima apresenta a imagem diária do Sol e centenas de dados curiosos, como a intensidade do vento de gás eletrificado que emana da face solar. O hipertexto solar_images leva a uma galeria de imagens sensacionais. Num site irmão (https://www.ngdc.noaa.gov/stp/SCOSTEP/joeanim1.htm) há um simpático vídeo que mostra o momento exato de uma explosão solar.
Prata da casa
A revista de astronomia mais vendida nos Estados Unidos, a Astronomy, também tem seu site, que, inclusive, pode ser acessado pela página da Super na web (www.superinteressante.com.br), no link “Mapa do Céu”. Aqui é possível obter um retrato do céu de qualquer parte do mundo com a identificação de cada ponto luminoso e das constelações, para facilitar a observação. A página também oferece artigos sobre astronomia, dá dicas sobre como fotografar o céu e ensina a fabricar um telescópio.
Miscelânea
https://www.obspm.fr/encycl/encycl.html
Nenhuma lista de sites ficaria completa se não incluísse páginas especializadas. A que se acha no endereço acima é uma pequena enciclopédia dos mais de 50 planetas recentemente encontrados fora do sistema solar. As descobertas são atualizadas regularmente. Outra página interessante é a do americano John Carlsom, da Universidade de Maryland, sobre a astronomia dos povos primitivos (www.wam.umd.ed u/~tlaloc/archastro/index.html). É das poucas confiáveis nessa categoria, além de trazer links para páginas de sítios arqueológicos. Quem procura aprender sobre ciência, enfim, vai gostar do site de Ned Wright (https://www.astro.ucla.edu/~wri ght/cosmolog.htm).
Antimatéria
Livefromcern.web.cern.ch
Acessível a leigos, essa página explica as diversas aplicações da antimatéria, entre elas seu uso como combustível para os foguetes do futuro. Dê um passeio pelo Big Bang, há 13 bilhões de anos, e entenda por que a antimatéria é tão rara atualmente. E descubra seu imenso potencial energético por meio de comparações como esta: misturando 1 quilo de água (ou de qualquer outra coisa) com 1 quilo de antimatéria, libera-se energia em quantidade suficiente para abastecer seu carro durante 100 000 anos. Esse tipo de informação, menos especializada, está no hipertexto “Pages For The General Public”. Ali, clique em “LiveFromCern: Watch Our Webcasts On Antimatter”.
fdieguez@abril.com.br