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Padrão Fifa extraluxo

Teto retrátil, estádio que muda de cor, banheiro com torneiras de ouro. Não existe limite para a extravagância das novas arenas - e não é a Fifa que exige

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 30 set 2014, 22h00

Camila Maccari

A reforma do estádio Mané Garrincha, em Brasília, terá custado R$ 1,9 bilhão até a Copa. O investimento bilionário colocou sua arena de 72 mil lugares e 288 pilares que circundam a estrutura entre as mais caras do mundo, segundo uma pesquisa da consultoria KPMG. Mas não se impressione. Apesar do Mané ser um dos mais valiosos do planeta, custou menos do que a metade do MetLife Stadium, em Nova Jersey, EUA, uma das estrelas da candidatura americana para a Copa de 2022 (os ianques não levaram, será no Catar). Inaugurada em 2010, a casa dos times de futebol americano New York Giants e New York Jets custou mais de R$ 3,5 bi. Com 82,5 mil lugares, o estádio muda de cor conforme o time.

Outra extravagância é o Dallas Stadium, dos texanos Dallas Cowboys. Concluído em 2009, recebeu investimentos de R$ 3 bi. Tudo isso para pagar os 111 mil assentos – na verdade, são 80 mil lugares fixos que podem aumentar conforme o público. Para fazer jus à cifra bilionária, carrega vários recordes mundiais: maior teto retrátil, maior TV em alta definição e maior número de portas retráteis em vidro contínuo. Ah, também é o maior estádio coberto do mundo. Mas há uma diferença crucial entre as arenas americanas e o Mané Garrincha: elas estão sempre cheias. A liga de futebol americano tem a melhor média de público do mundo – os Cowboys lideram a lista, com 88 mil pessoas por jogo. O MetLife ainda foi sede do Super Bowl deste ano e sediou o jogo número 1.000 da Seleção Brasileira. Enquanto isso, o Mané caminha para ser um dos elefantes brancos do Brasil. Nenhum dos times da capital federal está na série A do Brasileirão, e sua taxa de ocupação ficou em apenas 50% em 2013.
Mas todas as arenas parecem sóbrias se comparadas ao King Fahd, na Arábia Saudita, estádio multiuso com torneiras de ouro nos banheiros. O King Fahd pode não ser tão ocupado quanto os americanos, mas pelo menos está no game Fifa 13 e 14 – ao contrário do Mané Garrincha.

Ilustração: Otávio Silveira

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