Supercondutor de origem orgânica
Químicos japoneses descobriram nova e promissora cerâmica com características supercondutoras acrescentando um sal orgânico do grupo dos radicais cátion.
As cerâmicas talvez não sejam o único material capaz de conduzir eletricidade sem desperdícios a temperatura ambiente. Químicos da Universidade de Tóquio criaram um composto que apresenta propriedades supercondutoras à 261 graus negativos. Embora essa temperatura seja mais de 100 garus inferior à obtidas com misturas levadas ao forno, parece existir aí uma alternativa promissora. Trata-se de um sal orgânico, pertencente ao grupo dos chamados radicais cátion. Muitos cientistas estão interessados em investigar esses materiais pelo fato de sua estrutura molecular estar fincada como pilares. Essa disposição significa que os elétrons podem mover-se livremente e interagir uns com os outros, o que pode se traduzir em supercondutividade. “Na verdade, os os polímeros orgânicos são conhecidos há muito tempo”, esclarece Heitor Passos, que pesquisa supercondutores cerâmicos na Universidade de São Paulo, em São Carlos, “mas as fórmulas existentes ainda não tinham dado bons resultados.”