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Tocar partes íntimas de robôs deixa humanos excitados

Estímulo físico foi muito maior do que ao tocar em mãos e pescoço

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h00 - Publicado em 5 abr 2016, 17h45

Robôs devem se tornar uma presença cada vez mais rotineira nos próximos 5 anos. Mas que tipo de relação eles terão com os humanos? Uma experiência da Universidade de Stanford mostra que vemos robôs como iguais – e tocá-los nas partes íntimas nos deixa tanto excitados quanto constrangidos.

Um robô, de aparência humana, foi programado para pedir que os voluntários colocassem a mão em 13 partes diferentes do seu corpo robótico. Durante o experimento, os participantes passaram por um estímulo muito maior ao tocar o robô onde estariam as partes íntimas do que ao encostar em áreas mais neutras como mãos e pescoço.

A pesquisa media o nível de excitação dos participantes através da resposta galvânica da pele. Isto é, analizavam quão bem o corpo conduzia energia elétrica. Faz sentido, tomar um susto, ter que cumprir uma tarefa difícil ou sentir emoções fortes levam a um leve aumento na capacidade da pele de conduzir eletricidade. Essa reação é percebida principalmente nas mãos e nos pés, onde há uma maior concentração de glândulas écrinas que produzem suor. Essas glândulas são sensíveis tanto a estímulos físicos quanto psicológicos (é por isso que algumas mãos suam em situações de nervosismo – ou de excitação sexual). Com o aumento da transpiração, aumenta também a condutividade dessas glândulas na pele. Enquanto os voluntários tocavam o robô com uma das mãos, um equipamento avaliava a condutividade da outra mão, medindo o nível de excitação.

Os robôs, desenvolvidos pela produtora Aldebaram Robotics, possuem uma anatomia que lembrava a humana, mas sem muito detalhes. Ele era coberto de plástico, sem nenhuma textura ou mudança de temperatura que justificassem uma reação inconsciente dos participantes.

Além da excitação corporal, os participantes também demoraram mais para obedecer ao pedido do robô quando deveriam tocar áreas mais íntimas. Isso pode significar que aplicamos as mesmas regras sociais do contato entre humanos ao tocar os robôs.

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Esse código social não se resume apenas às regiões sexuais. Quanto mais inacessível era a parte do corpo que o participante tinha de tocar, mais forte a reação emocional ao pedido. Quando o robô pediu que os participantes tocassem seus olhos, eles também hesitaram, exatamente como fariam se tivessem que tocar um olho humano.

Para Jamy Li, um dos líderes do projeto, entender o impacto físico e emocional de robôs em humanos é importante para o desenvolvimento da robótico. “Nosso trabalho mostra que as pessoas reagem a robôs de uma forma primitiva e social”, comentou. “Essa pesquisa terá implicações tanto para o design de robôs quanto para o estudo da teoria de sistemas artificiais”.

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