Tóquio 2020: as Olimpíadas das criptomoedas
A ideia é criar sistemas de compras muito mais rápidos do que as maquininhas de cartão atuais – e ver se a ideia empolga os japoneses a parar de usar tanto dinheiro de papel.
O Japão é analógico quando o assunto é grana: cerca de 65% dos pagamentos por lá são feitos em dinheiro de papel. Dinheiro de plástico, como cartão de crédito e débito, nem é aceito em boa parte dos comércios locais. A explicação é complexa: mistura taxas transacionais excessivas, que afastam os pequenos comerciantes das maquininhas (e das vendas a crédito), com o fato de que o país goza de uma segurança ampla o suficiente para que andar com uma carteira cheia de muitos yens não incomode ninguém.
Contas básicas, tipo aluguel, muitas vezes só são aceitas em dinheiro vivo – e o país é recordista em número de caixas eletrônicos por metro quadrado, afinal, essa grana física toda tem que sair de algum lugar.
Com o fluxo enorme de turistas que é esperado para os Jogos Olímpicos de Tóquio, o país quer mudar esse quadro.
Um dos caminhos testados? Criptomoedas.
Três grandes bancos japoneses estão desenvolvendo as suas – e ao menos uma rede de pagamento baseada em blockchain deve ser lançada a tempo das Olimpíadas.
O plano é que o sistema do Mitsubishi UFJ Financial Group processe mais de 1 milhão de transações por segundo – dez vezes mais do que a capacidade das bandeiras atuais de cartão, como Visa e Mastercard. Será que vai colar?