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Turistas no espaço

Fotografias da Terra, tiradas pelo astronauta James Adamson, da janela do ônibus espacial Atlantis.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 30 abr 1992, 22h00

A 320 quilômetros de altitude, o astronauta James Adamson fotografa a Terra através da janela do ônibus espacial Atlantis. Munidos de equipamentos profissionais, os astronautas têm como tarefa da missão captar imagens do planeta, que depois são distribuídas a cientistas de todo o mundo. Com elas, os cartógrafos podem ver detalhes de regiões já mapeadas, mas nunca esquadrilhadas. Embora amadores, os astronautas têm competência de profissional para fotografar pontos predeterminados, em condições de luz que mudam rapidamente, a bordo de uma nave que viaja 28.000 quilômetros por hora

Vinte e quatro horas a bordo de um ônibus espacial significa ver o Sol nascer e se pôr dezesseis vezes. Cada “dia” tem 90 minutos – 45 de claro, 45 de escuro. A aurora dura apenas alguns segundos – o Sol surge no horizonte e ilumina a cabine como um flash. Enquanto há luz, os astronautas observam e fotografam as várias cores do planeta. Mesmo o predominante azul dos oceanos tem várias nuanças, conforme a temperatura e a profundidade das águas: no meio do Oceano Pacífico, com vários quilômetros de profundidade, o tom é de safira; sobre os raros recifes que rodeiam as ilhas de coral, é azul-claro.

Nem os desertos são iguais – enquanto as areias do Saara têm um certo tom avermelhado, as da Ásia Central são amarelas. Durante os 45 minutos de vôo noturno, a Terra se funde à escuridão do espaço. Vêem – se apenas ilhotas de luz das grandes cidades e chamas da queima de gases nos poços petróleo. Quando a noite é de tempestade tropical, os raios iluminam as nuvens e dão a impressão de caminhar ao longo dos continentes.

O itinerário mais comum das viagens dos ônibus espaciais é sobre as regiões tropicais, 30 graus ao norte e ao sul do Equador, porque são o melhor local para se lançarem satélites. É por esse motivo que a maioria das fotografias tiradas nos ônibus se concentra nessas regiões. Porém, algumas missões encomendadas pelo Departamento de Defesa Americano exigiam sobrevôos à antiga União Soviética, o que ampliava o alcance em latitude para 57 graus para cada lado do Equador. Em vez de circundar os trópicos, a órbita leva o ônibus de Moscou ao sul da América do Sul. Esses vôos “inclinados’ é que permitiram aos astronautas ver e fotografar o norte da União Soviética e icebergs na Antárdida.

Ônibus espaciais voam 35 vezes mais alto do que aviões, mas bem mais baixo do que satélites meteorológicos. Isso permite aos astronautas visões privilegiadas dos sistemas climáticos do planeta. Eles registram o movimento de ciclones e correntes oceânicas e são os responsáveis pelo monitoramento dos lagos Chade e Nasser, na África, cujo nível de água é um importante indicador da seca na região central do continente africano.

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Para saber mais:

O poder dos mapas

(SUPER número 2, ano 7)

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