O planeta descoberto na constelação de Pégaso, como foi noticiado em outubro de 1995 (Superinteressante n. 101), parece não ser o único em condições de ter vida fora do Sistema Solar. Em janeiro, os astrofísicos Geoffrey Marcy e Paul Butler anunciaram à Sociedade Astronômica dos Estados Unidos que outros dois corpos celestes com as mesmas características foram idenficados, um na constelação de Virgem, outro em Ursa Maior. Eles até se parecem com Júpiter: são imensas bolas de gás sem superfície sólida aparente, mas com provável atmosfera densa. Pelo cálculo da temperatura deles os cientistas concluíram que ambos podem ter água. “Isso permite a presença moléculas orgânicas”, disse à SUPER Geoffrey Marcy, da Universidade Estadual de São Francisco, que há oito anos estuda 120 estrelas.
Brilho conhecido
As estrelas mais próximas aos planetas recém-descobertos são visíveis a olho nu e se assemelham ao Sol. Mas sabe-se que a 70Vir, da constelação de Virgem, é centenas de graus mais fria e uns três bilhões de anos mais velha.
Lugar quente
A massa do planeta que está em Virgem é nove vezes maior que a de Júpiter, completa uma órbita alongada em 116 dias e, por sua proximidade em relação à estrela 70Vir – metade da distância entre Terra e Sol –, deve ter 85 graus de temperatura.
Devagar e sempre
São necessários 1 100 dias para o planeta que circunda a estrela 47UMa completar sua órbita. Ele tem a massa três vezes maior que a de Júpiter, uma temperatura de 80 graus abaixo de zero e uma distância que é o dobro da Terra em relação ao Sol.