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Descoberto na Patagônia dinossauro que tinha moicano

Espécie argentina viveu há 140 milhões de anos e tinha espinhos ósseos por todo o pescoço.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 12 mar 2024, 11h37 - Publicado em 6 fev 2019, 20h11

Há 300 milhões de anos, a Patagônia era um local repleto de dinossauros. Lá já foram encontradas as maiores espécies do mundo – como o grandalhão Argentinossauro, que tinha cerca de 35 metros de comprimento, 20 metros de altura e pesava entre 60 e 90 toneladas. Agora, paleontólogos acabam de catalogar outro dino único: a primeira espécie a ostentar um belo moicano.

Mas, claro, não eram moicanos feitos com uma bela cabeleira para cima, ao melhor estilo punk anos 90. No caso do recém batizado Bajadasaurus pronuspinax, o moicano era formado por espinhos ósseos ao longo do pescoço. De acordo com um artigo publicado no periódico científico Scientific Reports, essa espécie viveu no início do Cretácio Inferior, há 140 milhões de anos. E ela faz parte da família dos dicraeossaurídeos, bichos com cerca de 9 ou 10 metros de comprimento que estão no grupo dos saurópodes – grandes dinossauros com longos pescoços e longas caudas.

Um fato curioso é que os espinhos que formavam o moicano não eram ossos nus ou apenas cobertos com pele. Segundo os pesquisadores, isso tornaria a defesa da espécie muito suscetível a golpes desferidos por algum outro animal. Ao invés disso, eles acreditam que os espinhos eram cobertos por uma bainha de queratina, semelhante à que existe nos chifres de mamíferos como o antílope.

Agora, a pergunta que intriga os cientistas é: pra que servia esse moicano? Segundo o paleontólogo Pablo Gallina, pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina e um dos chefes do estudo, descobrir qual a real função dos espinhos não é uma tarefa fácil. As suposições mais aceitas indicam que essa característica peculiar poderia ajudar a regular a temperatura do corpo, mas a razão mais provável é que fosse uma defesa indireta – uma espécie de escudo pontudo no pescoço, parte eventualmente exposta a mordidas e arranhões de inimigos.

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“Não seria uma defesa ativa, mas sim passiva – isto é, uma espécie de defesa preventiva. São estruturas que assustam os carnívoros que queiram se aproximar”, disse Gallina em entrevista à agência EFE.

Apesar de o estudo ter sido publicado apenas em fevereiro deste ano, os fósseis do B. pronuspinax foram encontrado na Bacia de Neuquén, na Argentina, ainda no final de 2013. Os vestígios incluíam não apenas a maior parte do crânio, mas também um osso espinhal inteiro.

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