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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Novo iMac é maior evolução desde o primeiro modelo, de 1998

Chip M1, que gera pouquíssimo calor, permite nova arquitetura interna e redefine o que pode ser esperado de um desktop; máquina tem apenas 1,1 cm de espessura e seis alto-falantes internos 

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Atualizado em 21 abr 2021, 08h31 - Publicado em 20 abr 2021, 16h00

Chip M1, que gera pouquíssimo calor, permite nova arquitetura interna e redefine o que pode ser esperado de um desktop; máquina tem apenas 1,1 cm de espessura e seis alto-falantes internos 

Uma versão paga do aplicativo Apple Podcasts, com programas sem intervalo comercial. 

Um iPhone roxo. 

O AirTag, um localizador que você coloca no chaveiro ou na mochila (e mostra, na tela do seu iPhone, iPad ou Mac, onde eles estão). Usa a rede “Find My”, da Apple, e custa US$ 29. Ele transmite via Bluetooth, mas a Apple não informou a duração da bateria (ou mesmo se ela é recarregável). Diz, apenas, que você “não precisa se preocupar”.   

Foto do novo AirTag em um chaveiro de couro vermelho.
AirTag, localizador Bluetooth que pode ser usado como chaveiro (Apple/Divulgação)

O AppleTV 4K, com processador A12 Bionic e um sistema interessante de controle de imagem: você encosta o iPhone na tela da TV, e ele usa a câmera frontal do aparelho para medir os níveis de cor, brilho e contraste do televisor – que, então, corrige automaticamente. O AppleTV também ganhou um controle remoto novo, sem o polêmico touchpad da versão atual. US$ 179. 

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Esse foi o preâmbulo da apresentação de hoje da Apple. Então, veio o principal: o novo iMac, que finalmente ganhou um redesenho radical – algo que não acontecia desde 2007, quando a Apple lançou a versão de alumínio (ela foi sendo refinada, mas se manteve).  

O novo iMac, que será vendido em sete cores, é extremamente fino: tem apenas 1,1 cm de profundidade, a mesma espessura de um smartphone ou de uma TV. Ele não é abaulado, como nas gerações anteriores: são 1,1 cm por toda a extensão da tela, sem truques. A diferença, como você pode ver na imagem abaixo, é bastante impressionante.

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Comparação entre o iMac da última geração e o novo modelo, que tem apenas 1,1 cm de espessura (Apple/Reprodução)

O desktop usa o processador M1, da Apple, que consome menos energia e emite menos calor do que as CPUs tradicionais – e permitiu que os MacBooks dessem um salto gigantesco, alcançando 18 horas de bateria. Como o M1 esquenta muito menos, não precisa de um cooler grande: o iMac tem dois bem pequenos, típicos de laptop – veja na imagem abaixo. Por isso ele é tão fino. E por isso, também, tem seis alto-falantes internos (quatro woofers, para sons graves, e dois tweeters, para agudos). 

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Sistema de refrigeração do iMac da geração anterior (peça preta), e comparação com o novo iMac (Apple/Reprodução)

Um computador com 1,1 cm de espessura, e seis alto-falantes dentro, é uma mudança de paradigma. Redefine o que se espera de um desktop – o conjunto de mouse e teclado sem fio, este último com leitor de impressões digitais (Touch ID), também. São essas características, mais as sete opções de cor, que remetem ao primeiro iMac, de 1998. 

Ele fez sucesso, salvou a Apple (que estava perto da falência) e influenciou profundamente a indústria de tecnologia. Era muito diferente dos desktops da época, porque era bonito: dava primazia ao design, numa época em que os PCs eram caixas beges de zero ambição estética. O novo iMac propõe uma mudança similar. Uma era de computadores ultrafinos, que não fazem barulho, em que o consumo de energia e a emissão de calor deixam de ser problemas relevantes. 

O novo iMac usa fonte de alimentação externa, mas ela é pequena (parece uma fonte de laptop), e tem um detalhe interessante: a entrada para cabo de rede fica nela, não no desktop. Um fio a menos para esconder na mesa. 

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O desktop vai custar US$ 1.299 (com 8 gigabytes de RAM e 256 gigabytes de SSD; é possível especificar mais, pagando mais, no momento da compra). Também haverá uma versão de US$ 1.499, com as mesmas configurações e duas diferenças: ela tem mais opções de cor e GPU de oito núcleos (na prática, pouca vantagem). A tela é a mesma em ambas, com 24 polegadas e resolução 4,5K (4480×2520 pontos, densidade de 218 pixels por polegada). 

Foto do novo iPad Pro em duas cores.
Novo iPad Pro, com processador M1 e tela miniLED, iluminada por 10 mil LEDs (Apple/Divulgação)

A Apple terminou sua apresentação com o novo iPad Pro, que agora também tem o chip M1 (mais potente do que a linha de processadores A, usados no iPhone e nos outros iPads). 

É um avanço notável, e que aprofunda o paradoxo do iPad Pro: hardware superpotente, mas cerceado pelas limitações do iOS e dos apps. Ele é extremamente overpowered para o que, na prática, pode fazer. Para resolver isso, seria preciso unificar o macOS e o iOS, fundindo MacBook e iPad Pro num mesmo produto. 

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Isso é tecnicamente possível, e poderia ter resultados incríveis – mas também reduziria o faturamento da Apple (já que as pessoas comprariam um gadget a menos). Então é algo que a empresa só fará se for forçada a isso pelos competidores. Mas o chip M1 está tão à frente dos rivais, com uma relação performance/consumo de energia tão melhor, que a indústria pode levar tempo para reagir. 

O novo iPad Pro tem tela de 12,9 polegadas, com tecnologia miniLED (ela é iluminada por 10 mil LEDs, que se apagam para melhorar o contraste da imagem). Vai custar US$ 1.099. Também haverá uma versão menor, de 11″, por US$ 799. Ambas devem continuar ocupando o nicho atual do iPad Pro: encantador, mas limitado demais para substituir um notebook (e caro demais para um tablet). 

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