Times que comemoram muito têm mais chances de vencer
Smaaack
Tem que abraçar, pular, jogar as mãos pro alto, dar tapinha no bumbum alheio, beijar (!) mesmo – se bobear, até soltar palavrão em alto e bom som (né, Kaká?). Depois de analisar as reações de jogadores de futebol durante os pênaltis em 151 jogos da Copa e de campeonatos europeus, pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, descobriram que os times que comemoram mais calorosamente após fazer gols têm mais chances de ganhar.
De acordo com o estudo, fazer um gol e comemorar levantando os dois braços, em vez de um só, por exemplo, faz com que o jogador do outro time fique duas vezes mais propenso a errar o próximo chute. Os caras observaram também que os times cujos jogadores olhavam para baixo após colocar a bola na rede, sem fazer festa, tendiam a sair do campo como perdedores.
“Quanto mais entusiasmado alguém é na hora de celebrar o sucesso com os companheiros de time, maiores as chances de seu time ganhar”, diz o líder do estudo, o doutor Gert-Jan Pepping. Ele explica que o comportamento empolgado “infecta” o resto do time com uma atitude positiva. “Também importante, o outro time fica mais inseguro”, aponta – efeitos que, associados, melhoram a performance geral do time festeiro.
Pesquisas anteriores já demonstraram que essa reação, que eles chamam de “contágio emocional”, é comum também em outros esportes, como críquete e handebol – ainda que as comemorações tenham “regras” diferentes de um para outro. “Por exemplo, tapinhas no bumbum e beijos são mais aceitáveis no futebol do que no rugby”, diz o doutor Pepping.
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