A maior pérola do mundo pode pesar 34 kg
Encontrada por um pescador, ela foi guardada por 10 anos como um talismã de boa sorte - e hoje vale 100 milhões de dólares
Imagine a cena: um pobre pescador filipino, lutando contra uma tempestade em sua jangada, fica com a âncora presa em alguma coisa. Ele mergulha para tentar soltar o barco e, lá no fundo, encontra uma ostra gigantesca. Dentro dela, surpresa: uma pérola de 34kg. O pescador volta para casa e guarda a joia embaixo da cama, como um amuleto de boa sorte. O que ele não sabia era que, se fosse vendida, a pérola valeria nada menos que 100 milhões de dólares.
Essa história poderia ser parte de um filme, mas é real: esta semana, 10 anos depois da tempestade, a casa do pescador pegou fogo, e tudo o que ele conseguiu salvar foi a pérola enorme. Perambulando pela ilha de Palawan, onde mora, o cara acabou esbarrando em um oficial de turismo, que ficou encantado com a joia.
LEIA: Como a ostra produz a pérola?
Realmente, é de se encantar. Ela tem 34 kg, 30 cm de largura e 60 cm de comprimento – é cinco vezes maior do que o atual recorde mundial, uma pérola de 6,3 kg estimada em 3,5 milhões de dólares. Encontrada nas mesmas águas de Palawan, em 1934, ela foi batizada de Pérola de Lao Tzu ou Pérola de Alá.
É muito difícil um troço desse tamanho se formar. Isso porque a pérola, na verdade, não passa de um sistema de defesa das ostras e de outros moluscos com conchas. Quando um parasita ou outro corpo estranho entra na ostra, ela começa a secretar uma espécie de fluído protetor em torno do invasor. Como o fluído é rico em calcário, acaba endurecendo e formando uma “pedrinha”: a pérola. E olha, as chances de encontrar uma dessas são mínimas: estima-se que apenas uma a cada 10 mil ostras tem pérolas. O pescador de Palawan, sem saber, tirou a sorte grande em sua jangada, há 10 anos.
Apesar de uma pérola de 34 kg ser uma coisa surpreendente, ainda não se sabe se ela é verdadeira – ou se realmente valeria 100 milhões. Por isso, alguns testes estão sendo conduzidos por uma equipe de cientistas do Instituto de Gemologia da América, nos EUA. Por hora, é esperar para ver se o recorde vai ser quebrado.