Como as abelhas formam a colméia?
Tudo começa com uma rainha. Ela nasce dentro da colméia e, em poucos dias, já está pronta para seu primeiro e único namoro. Mas até que aproveita. Seu vôo nupcial é seguido por um cortejo de zangões. Ela pode ser fecundada por até oito machos, que morrem ali mesmo porque perdem o órgão sexual e parte do abdome, que ficam presos no corpo da rainha. Quando canta aquela música que diz “ó abelha rainha faz de mim o instrumento do teu prazer”, Será que Caetano Veloso pensou em todos esses mórbidos detalhes? Depois do ato, ela sai em busca de um novo lar, na frente das serviçais, que carregam um pouco de cera. Quando encontram uma fresta na parede ou um buraco de árvore, põem a mão na massa. Quer dizer, na cera. “Com o material carregado do antigo ninho constroem o primeiro favo”, explica a entomologista Maria Cristina de Almeida, da Universidade Federal do Paraná. As operárias vedam as frestas com o própolis, uma mistura de resinas de plantas com secreção de suas glândulas, que tem efeitos medicinais.
Terminada a construção, a rainha inicia sua linhagem pondo as larvas. As filhas que são escolhidas para ser futuras rainhas – não se sabe quais são os critérios – são alimentadas por mais tempo com geléia real, uma substância rica em vitaminas, secretada pelas glândulas das abelhas. As demais estão condenadas a ser vassalas e pegar no pesado o resto da existência: cuidam da faxina, procuram comida, produzem mel e alimentam as larvas. As rainhas que nascerem farão o mesmo que a mãe: serão fecundadas, reunirão um grupo de operárias e procurarão um bom local para formar sua própria colméia.
Reinado do mel
Cada abelha faz a sua parte para construir uma colméia perfeita.
1 – A rainha sai do ninho para seu vôo nupcial.
2 – Depois de fecundada, volta ao ninho para buscar as operárias.
3 – Todas partem em busca de um lugar ideal para a colméia.
4 – O primeiro favo é feito com material trazido do ninho.
5 – As larvas da rainha nascem e cada abelha assume sua função.