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Além do “peixe diabo-negro”: outras 5 criaturas raríssimas do fundo do oceano

Vários animais bizarros habitam as águas escuras e profundas dos mares. Confira alguns que fizeram visitas à superfície.

Por Manuela Mourão
Atualizado em 21 fev 2025, 17h10 - Publicado em 21 fev 2025, 14h00

Na última semana, o peixe diabo-negro causou reações inesperadas ao redor do mundo. Esse bichinho, de nome científico Melanocetus johnsonii, normalmente vive entre 200 metros a 2.000 metros de profundidade, mas veio à superfície em uma aparição raríssima em Tenerife, nas Ilhas Canárias, parte da Espanha. Ele foi fotografado por pesquisadores que estudam tubarões, num momento de sorte.

As imagens de uma criatura abissal nadando em direção à luz causaram uma onda de melancolia nas redes, com espectadores comovidos com a ideia de que o “último desejo de vida desse animal foi ver a luz”. O animal faleceu quando chegou à superfície. 

Alguns meses atrás, algo parecido aconteceu com o “peixe-do-juízo-final”, incomum em águas rasas e que, segundo as lendas, seria um prenúncio de desastres (não passa de superstição, porém). 

Essas não são as únicas criaturas marinhas que surpreendem pesquisadores quando aparecem no topo das águas. Pouquíssimos são vistos fora da escuridão do fundão do mar e é necessário estar no lugar certo e na hora exata para flagrar as aparições. Confira cinco animais raros do oceano.

Lula-vampiro ou polvo-vampiro (Vampyroteuthis infernalis)

Fotografia de uma Lula vampira.
(Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey (MBARI)/Reprodução)

Esse animal não é um polvo, por mais que o nome popular indique isso. Na verdade, ele é uma lula e o único membro vivo de um subgrupo de cefalópodes chamado Vampyromorphida.  

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Eles vivem em águas tropicais, a mais de 200 metros de profundidade e, apesar do nome gótico, não são nada vampirescos ou sanguessugas. Pelo contrário: o alimento favorito desses bichanos são detritos de matéria orgânica que ficam flutuando nas águas, algo também conhecido como neve marinha. O apelido vem por sua aparência: enormes olhos azuis brilhantes — proporcionalmente os maiores do reino animal —, corpo escuro e o tecido aveludado, semelhante a uma capa, que conecta seus tentáculos.

Tubarão-duende (Mitsukurina owstoni)

Fotografia de um Tubarão-duende.
(3dsam79/Getty Images)

A última vez que esse tubarão foi visto na superfície foi em 2014. Mas talvez sua raridade seja para o melhor. 

O tubarão-duende é um animal bastante esquisito. Ele tem um focinho em forma de pá, corpo flácido e uma cauda longa que lembra uma folha de bananeira. Uma das características distintivas do tubarão-duende é sua boca protuberante. A boca pode se retrair para uma posição abaixo do olho ou se estender para a frente abaixo do focinho, que ajuda na predação dos peixes lá embaixo do mar, a mais de 100 metros de profundidade.

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Água-viva-fantasma-gigante (Stygiomedusa gigantea)

Fotografia de uma Água-viva fantasma gigante.
(Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey (MBARI)/Reprodução)

Em 2022, uma água-viva de 10 metros de comprimento foi avistada na Califórnia. Além do tamanho surpreendente, outra característica do animal chamava a atenção: se tratava de uma espécie raríssima, com uma coloração acinzentada que remete a um véu fantasmagórico. 

Ela foi vista a “só” 1 km de profundidade, local surpreendentemente raso para a espécie, que costuma chamar profundezas de mais de seis mil metros de casa.

Tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus)

Fotografia de um Tubarão cobra.
(Wikimedia Commons/Reprodução)
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Esse animal é um fóssil vivo, ou seja, ele é parecido morfologicamente com os organismos já extintos há milhares de anos. No caso do tubarão-cobra, os traços primitivos garantem com que ele tenha uma aparência de enguia, com articulações das mandíbulas ao crânio. Ele habita águas de 500 a 1.000 metros de profundidade e seu corpo alcança os dois metros. A última vez que foi na superfície foi em 2007.

Arraia-dorminhoca-ornamentada (Electrolux addisoni)

Fotografia de uma Arraia-dorminhoca-ornamentada
(Peter Chrystal /Smithiana, Publicações em Biodiversidade Aquática, Boletim 7, maio de 2007/Reprodução)

Com pouquíssimas documentações dessa espécie de arraia, ela se distingue das demais com padrões únicos de cor. Foi avistada pela primeira vez em 1984, mas ela fugiu da captura dos fotógrafos e por isso só foi formalmente descrita em 2007, quando finalmente foi registrada.

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