Baratas: as rainhas da evolução
Nos anos 90, achamos que elas estavam vencidas. Mas a barata parece ser o único bicho que se recusa a ser conquistado pelo estômago.
Você provavelmente ficou sabendo da notícia: baratas estão se tornando imunes a inseticidas. Mesmo o rodízio de produtos químicos, feito justamente para reduzir o problema da resistência química, não são suficiente para barrar a adaptação desses insetos – em um só estudo, cientistas viram uma geração de baratas se tornar resistente até aos químicos aos quais nunca tinham sido expostas.
Lamentamos dizer que a situação é pior do que parece. A barata não sobrevive há 300 milhões de anos à toa – é expert das maiores quando o assunto é adaptação.
Nos anos 1990, uma das melhores ferramentas de dedetização, aclamada como “o fim das infestações de barata”, era uma isca doce, que viciava as baratas no açúcar, e aí as envenenava. Morreram quase todas. Algumas gerações depois, elas voltaram e a isca perdeu 100% o efeito.
O motivo? A linhagem que restou, selecionada pelo veneno, tinha se tornado açúcar-fóbica, e sabores doces eram registrados como amargos para elas. Darwin ficaria orgulhoso.